quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Líderes estudantis pedem que fundo do pré-sal financie educação






Em encontro com Dilma, estudantes entregaram pauta de reivindicações. Eles também defendem fim do superavit primário para pagar dívida pública.


Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) entregaram nesta quarta-feira (31) uma pauta de reivindicações à presidente Dilma Rousseff. Os estudantes foram recebidos no Palácio do Planalto por Dilma, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Eles pediram à presidente que 50% do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à educação. Também querem que o governo passe a investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor. Os estudantes defenderam ainda o fim do superavit primário (economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública). A demanda ocorre dois dias depois de o governo anunciar a ampliação em R$ 10 bilhões da meta de superavit neste ano.

“O Brasil gasta um valor exorbitante com pagamento de dívida pública e gasta menos de 5% em educação”, criticou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Segundo ele, Dilma não se posicionou em relação às reivindicações. “A presidente disse que os ministros Fernando Haddad e Gilberto Carvalho seriam os interlocutores do governo para dar uma resposta ao pleito dos estudantes”, disse.

A líder estudantil chilena Camila Vallejo não participou da reunião com Dilma. Ela está em Brasília para conhecer o movimento estudantil brasileiro e participou de manifestações junto aos integrantes da UNE e da Ubes.

Segundo o presidente da Ubes, Yann Evanovick, a presidente não fez qualquer comentário sobre os protestos de estudantes no Chile. “Não é tradição do Brasil intervir em questões de outros países, por isso a presidente fez a opção política de não comentar sobre o assunto ”, disse.

No Chile, os estudantes protestam há cerca de dois meses pela gratuidade do ensino superior. Na semana passada, eles se uniram a grevistas da maior central sindical do país numa paralisação de dois dias que terminou com mais de 1.400 detidos, 200 feridos e um adolescente morto. A polícia assumiu a culpa pela morte do jovem, e o governo chamou os estudantes para negociar.



Fonte: G1

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