Nunca se deu tanta oportunidade para que os jovens entrem no ensino superior. Do lado da rede pública, expandiram-se as universidades federais. Do lado da rede privada, criaram-se as bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (Prouni) e tornou-se o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) mais atraente.
O Fies é o programa do governo federal que concede empréstimos a estudantes para que cursem universidade privada e só paguem as mensalidades depois que já estiverem formados. A iniciativa ajuda aqueles que não conseguiram entrar numa universidade pública e não têm renda suficiente para pagar uma universidade privada. O Fies permite financiar entre 50% e 100% do valor das mensalidades. Foi criado em 1999, para substituir o Crédito Educativo.
No ano passado, as regras do Fies foram flexibilizadas. De todas as mudanças, talvez a mais significativa tenha sido a redução da taxa de juros. Na época do Crédito Educativo, os juros do financiamento chegavam a 9% ao ano. Dois anos atrás, eram de 6,5%. Hoje estão em apenas 3,4%. O Fies é oferecido pelo Ministério da Educação por meio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
É provável que não exista outra linha de financiamento com uma taxa de juros tão módica. Para se ter uma ideia de o quanto os 3,4% do Fies significam, os juros mais baixos do Minha Casa, Minha Vida, programa federal que financia a casa própria para a população carente, são de 5% ao ano. Nas linhas de financiamento imobiliário para a classe média, costumam ficar perto de 10%.
A perder de vista
As facilidades do Fies são muitas. O estudante conta com uma "folga" entre a formatura e o pagamento da primeira parcela do empréstimo. Ele só começa a pagar a dívida com o governo federal 18 meses depois de formado.
As parcelas, fixas, são a perder de vista. O aluno tem, para quitar a dívida, três vezes o período financiado mais 12 meses. Se ele obtém hoje um financiamento para um curso de quatro anos, a dívida poderá ser liquidada somente em 2030.
No Brasil, menos de 14% dos jovens estão matriculados no ensino superior. O Ministério da Educação aposta nas universidades privadas, com os financiamentos do Fies e as bolsas de estudo do Prouni, porque sabe que as públicas são insuficientes para atender à demanda dos estudantes que saem do ensino médio. Em 2009, as universidades públicas abriram 394 mil vagas em seus vestibulares. As privadas, por sua vez, 2,7 milhões de vagas — quase sete vezes mais.
De 1999 até hoje, foram assinados 658 mil contratos de financiamento estudantil. O dinheiro que mantém o Fies vem, basicamente, do orçamento do Ministério da Educação e de 30% da renda das loterias federais, além dos prêmios não reclamados pelos apostadores.
Pode-se pedir o financiamento do Fies a qualquer momento, pela internet (sisfiesportal.mec.gov.br). A universidade deve ter aderido ao programa, o curso deve ter uma boa nota nas avaliações do MEC e o aluno precisa já estar matriculado.
O Fies é o programa do governo federal que concede empréstimos a estudantes para que cursem universidade privada e só paguem as mensalidades depois que já estiverem formados. A iniciativa ajuda aqueles que não conseguiram entrar numa universidade pública e não têm renda suficiente para pagar uma universidade privada. O Fies permite financiar entre 50% e 100% do valor das mensalidades. Foi criado em 1999, para substituir o Crédito Educativo.
No ano passado, as regras do Fies foram flexibilizadas. De todas as mudanças, talvez a mais significativa tenha sido a redução da taxa de juros. Na época do Crédito Educativo, os juros do financiamento chegavam a 9% ao ano. Dois anos atrás, eram de 6,5%. Hoje estão em apenas 3,4%. O Fies é oferecido pelo Ministério da Educação por meio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
É provável que não exista outra linha de financiamento com uma taxa de juros tão módica. Para se ter uma ideia de o quanto os 3,4% do Fies significam, os juros mais baixos do Minha Casa, Minha Vida, programa federal que financia a casa própria para a população carente, são de 5% ao ano. Nas linhas de financiamento imobiliário para a classe média, costumam ficar perto de 10%.
A perder de vista
As facilidades do Fies são muitas. O estudante conta com uma "folga" entre a formatura e o pagamento da primeira parcela do empréstimo. Ele só começa a pagar a dívida com o governo federal 18 meses depois de formado.
As parcelas, fixas, são a perder de vista. O aluno tem, para quitar a dívida, três vezes o período financiado mais 12 meses. Se ele obtém hoje um financiamento para um curso de quatro anos, a dívida poderá ser liquidada somente em 2030.
No Brasil, menos de 14% dos jovens estão matriculados no ensino superior. O Ministério da Educação aposta nas universidades privadas, com os financiamentos do Fies e as bolsas de estudo do Prouni, porque sabe que as públicas são insuficientes para atender à demanda dos estudantes que saem do ensino médio. Em 2009, as universidades públicas abriram 394 mil vagas em seus vestibulares. As privadas, por sua vez, 2,7 milhões de vagas — quase sete vezes mais.
De 1999 até hoje, foram assinados 658 mil contratos de financiamento estudantil. O dinheiro que mantém o Fies vem, basicamente, do orçamento do Ministério da Educação e de 30% da renda das loterias federais, além dos prêmios não reclamados pelos apostadores.
Pode-se pedir o financiamento do Fies a qualquer momento, pela internet (sisfiesportal.mec.gov.br). A universidade deve ter aderido ao programa, o curso deve ter uma boa nota nas avaliações do MEC e o aluno precisa já estar matriculado.
Leia mais:
O Financiamento estudantil
Fonte: Senado Federal
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