segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nota de agradecimento!


Eu, Claudia Fernandes, queria muito agradecer, em nome da Direc 28, a todos os 620 acessos ao blog até o momento.

São menos de três meses de criado, e o nosso Canal 28 já está bombando!

O nosso blog é feito com todo o carinho, tem o objetivo de postar sempre assuntos interessantes, para que assim você fique por dentro das principais notícias sobre a área de Educação.

Muito obrigada a todos vocês.


Um beijo!



Claudia Fernandes.

Pré-selecionados no Prouni devem fazer a matrícula até sexta-feira

 
 
Os candidatos a bolsas de estudos do Programa Universidade Para Todos (ProUni) pré-selecionados na primeira chamada da segunda etapa de inscrições têm prazo até sexta-feira, 4 de março, para apresentar os documentos e fazer a matrícula na instituição particular de educação superior pela qual optaram. Caso ainda haja bolsas disponíveis, será feita uma segunda chamada, em 13 de março.

Ao fim das duas chamadas, os candidatos não pré-selecionados e os pré-selecionados para cursos em que não houve formação de turma constarão de lista de espera, que estará à disposição das instituições de ensino participantes do ProUni a partir de 21 de março. A classificação do candidato considerará a primeira opção de curso — cada estudante faz três opções ao se inscrever. Caso não tenha ocorrido formação de turma na primeira, a classificação se dará na seguinte, até a terceira.

A partir da classificação na lista de espera, as instituições de ensino convocarão os estudantes entre 21 e 25 de março para aferição das informações prestadas na inscrição e matrícula, conforme o cronograma.

A consulta ao resultado da primeira chamada da segunda etapa deve ser feita na página eletrônica do ProUni.
 

Exemplos apontam caminhos para reverter fracasso no ensino médio

 

 

Escolas que abrem portas para o mercado de trabalho, aulas ao ar livre, visitas a parques e museus, novas tecnologias à disposição dos alunos e investimento na formação de professores. Para a grande maioria dos jovens brasileiros, iniciativas como essas parecem utopia, mas todas já existem em plena rede pública e dão resultados que apontam caminhos para reverter o fracasso do ensino médio retratado pela série especial do iG Educação.

Uma das ações mais apoiadas por especialistas na área é o crescimento da oferta de vagas em cursos profissionalizantes. Além da conexão com o ambicionado mercado de trabalho que aumenta o interesse dos jovens pelo estudo, os exemplos mostram que as escolas com ensino médio integrado a cursos técnicos conseguem melhores resultados no aprendizado das disciplinas básicas.

Os alunos dos Institutos Federais, que oferecem essa integração, obtiveram nota média igual a dos países mais desenvolvidos do mundo no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), que testa capacidades em leitura, matemática e ciências. As Escolas Técnicas Estaduais, em São Paulo, também estão entre as primeiras colocadas no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No Brasil todo, no entanto, há apenas 860 mil vagas para cursos assim, incluindo a rede particular: uma para cada 10 jovens que estão no ensino médio. “Nos países mais ricos, a oferta de profissionalizantes é de 20% a 30% do total da etapa. No Brasil, estamos em 10%”, lamenta Wanda Engel, superitendente do Instituto Unibanco.

O governo federal anunciou um programa que deverá ampliar este porcentual dando a alunos de escolas públicas bolsas para cursos no Sistema S, que gerencia Sesi, Sesc, Senai e Senac. A previsão é de que no primeiro ano sejam ofertadas 1,6 milhão de vagas. “Vamos ver como vai funcionar, o ideal seria que essa formação fosse dentro da escola para ajudar a tornar aquele ambiente interessante”, diz a doutoranda em Educação e presidente do Centro de Estudos e Memória da Juventude, Fabiana Costa.

Ensino Médio Inovador

A aposta do Ministério da Educação (MEC) para melhorar a escola tradicional é o projeto piloto Ensino Médio Inovador, que começou a ser implantado no final de 2009 em 357 escolas – 2% das 17 mil unidades desta etapa – em 18 Estados. O governo federal envia uma verba diretamente para a instituição que formular um projeto em que os estudantes tenham 20% mais tempo de estudo com atividades culturais e recuperação de conteúdos em que demonstrem dificuldades.

O responsável pelo projeto, Carlos Artexes, foi diretor de Concepções e Orientações Curriculares para Educação Básica do MEC até janeiro deste ano, quando decidiu voltar a dar aulas em uma instituição de ensino superior no Rio de Janeiro. “Percebemos que era importante fortalecer a cultura das escolas e aumentar o tempo que o aluno passa dentro dela. Vamos ver os resultados em 2012, quando os alunos que estavam no 1º ano em 2010 se formarem”, conta.

Na escola estadual Laércio Caldeira de Andrada, em São José, Santa Catarina, os benefícios já são comemorados. No ano passado, os alunos participantes foram conhecer museus em Porto Alegre, projetos ambientais em Curitiba e áreas históricas em Florianópolis, como a vila de pescadores Pântano do Sul.

Dentro da escola, tiveram aulas com a participação conjunta de professores de diferentes disciplinas e novos materiais adquiridos com a verba, como máquina fotográfica, filmadora e laptop.

“Das quatro turmas que temos, duas participaram e a diferença de resultados em evasão e aprendizado foi grande”, diz a assistente técnica pedagógica Rosilane Rachadel Martins, que coordena o projeto na unidade.

Ela aponta problemas, como a falta de espaço físico para montar salas e de um profissional pago para tratar apenas do projeto, mas defende que o programa seja estendido para todo o País. “Agora os alunos têm mais expectativas da escola”, resume.

Artexes acredita que o caminho da mudança é esse, ainda que dependa da adesão dos Estados e da criatividade das equipes pedagógicas de cada escola. “O Brasil é uma federação, e os Estados têm autonomia para conduzir o ensino médio, que é responsabilidade deles. Mudanças radicais, como as da China, acontecem em culturas autoritárias. Nós não queremos isso”.

Secretários conhecerão novas diretrizes em março

A mesma linha segue o Conselho Nacional de Educação, que discute desde agosto do ano passado novas diretrizes para o ensino médio. O relator da comissão, José Fernandes de Lima, diz que as ideias estão prontas, mas como muitos responsáveis pelas secretarias estaduais foram trocados com os novos governos empossados este ano, haverá uma nova conversa, já agendada para 30 e 31 de março.


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Liliane Oliveira estagia no laboratório de informática da escola
Segundo ele, o esboço das diretrizes, que já está pronto, pede ênfase nas disciplinas ligadas a trabalho, cultura e ciências, mas em vez de fórmulas, incentiva que os sistemas e unidades avaliem do que precisam.
“O resumo da nossa mensagem para os gestores é: descubram e assumam a personalidade da sua escola e façam com que isso se aproxime dos interesses da juventude que está perto de você”, afirma Lima.

Outros projetos, com bons resultados, ainda que isolados, são de iniciativas de cada secretaria estadual. Em São Paulo, o governo contratou alunos do ensino médio como estagiários do laboratório de informática. Os jovens, que costumam ter uma afinidade maior com a internet do que a maioria dos professores, ganham R$ 400 para passar quatro horas a mais na escola e mantêm abertas as salas de computadores que antes passavam a maior parte do tempo fechadas.

A estagiária Liliane Miranda de Oliveira, de 17 anos, atende professores e alunos da escola estadual Angela Bortolo diariamente. “Eu já sabia informática, mas aprendo a lidar com as pessoas e ajudo quem tem dificuldade”, diz. O diretor da escola, Washington Luis dos Santos Falcão, afirma que os demais estudantes ficaram satisfeitos por contar com o laboratório à disposição no contraturno e que os estagiários apresentam melhora no comportamento estudantil.

Formação e aumento de salário

No Espírito Santo, foi feito um investimento nos professores de matemática, disciplina em que os alunos mais apresentam dificuldades. Uma parceria da Fundação Roberto Marinho com a Secretaria de Educação oferece formação aos docentes da área no ensino médio de 300 escolas desde 2008. Nos dois primeiros anos, os encontros entre os educadores eram quinzenais e, em 2010, passaram a ser trimestrais, mas foi montado um curso à distância com uma rede social própria para 1.500 educadores trocarem ideias.


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Professores de matemática do ensino médio em formação que melhorou média dos alunos em três anos
Para apurar os resultados, é realizada uma avaliação com os alunos nos mesmos moldes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do governo federal. Em 2008, a nota média foi 242, em uma escala de zero a 400, no ano seguinte, 251, e no ano passado, chegou a 272. A professora Marinete Santana, de São Mateus, no interior do Estado, usa o próprio exemplo para dizer que a mudança foi maior do que atestam os números. “Antes, a gente pulava conteúdo que não sabia, eu fazia isso com geometria”, assume.

Os professores recebem R$ 160 por mês para fazer a formação com 40 aulas. Também houve um expressivo aumento nos salários na rede estadual. Marinete, por exemplo, ganha R$ 2.400 por 40 horas semanais, o dobro do que há 4 anos. “Ainda não é compatível com a remuneração de outros profissionais com ensino superior, mas percebi que já aumentou o interesse pela carreira”, diz.

São ações que respondem aos problemas de desinteresse e desistência dos alunos, baixo nível de aprendizado e má formação do professor, apresentados nesta série. Falta, agora, deixarem de ser exceções.



49% dos brasileiros acreditam que a educação está melhor



O número é resultado do Sistema de Indicadores de Percepção Social - Sips, pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea. 48,7% dos entrevistados disseram que a educação melhorou. Para 27,2% não houve mudanças e 24,2% acreditam que a educação pública piorou.

A pesquisa mostra também que 12,1% dos entrevistados acham que a educação melhorou bastante. 13,1% dizem que pirou bastante. O Sips foi criado para captar opinião da população brasileira sobre políticas e serviços públicos em várias áreas: saúde cultura, trabalho, justiça, segurança e mobilidade urbana, por exemplo. A edição do Siops publicada pelo Ipea é exclusiva da área de educação.


A pesquisa foi respondida por 2.773 pessoas em todo o país. Elas responderam a 21 questões objetivas, entre 3 e 19 de novembro do ano passado. Entre as perguntas, temas como merenda escolar, programda do Livro Didático, Programa Unviersidade para todos (Prouni) e conselhos tutelares. Levando-se em consideração o sexo do entrevistado, o Ipea concluiu que as mulheres são mais críticas que os homens. Quem se declarou branco também vê menos avanços que os que se consideram negros e pardos.

Quando a pesquisa é separada por regiões, a melhor impressão que se tem da educação é o Centro-Oeste, onde 62,9% disseram que a educação melhorou. Já no sul e no sudeste houve o menor índice positivo em relação à melhoria educacional.

Fonte: UNDIME

Piso salarial do professor será de R$ 1.187 em 2011

Reajuste foi de 15,85%; qual a sua opinião sobre o valor?

 
Piso salarial do professor será de R$ 1.187 em 2011
 
Reprodução/SXC

O Ministério da Educação (MEC) informou na quinta-feira (24) que, em 2011, o piso salarial do magistério será de R$ 1.187,00, para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. O reajuste representa 15,85% de acréscimo com relação ao piso do ano passado.


Segundo a pasta, o aumento reflete a variação ocorrida no valor mínimo nacional por aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2010, em relação ao valor de 2009.

A pasta afirma ainda que a nova remuneração está assegurada pela Constituição Federal e deve ser acatada em todo o território nacional pelas redes educacionais públicas, municipais, estaduais e particulares.

Diferenças de valores

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende outro piso para o magistério: R$ 1.597,87. De acordo com nota no site da entidade, "a CNTE orienta a correção dos vencimentos mínimos iniciais das carreiras de magistério, em âmbito dos planos de carreira estaduais e municipais, neste ano de 2011, ao valor de R$ 1.597,87, considerando a aplicação do percentual de 21,71% sobre R$ 1.312,85, praticado em 2010". A entidade utiliza o reajuste do Fundeb de 2010 para 2011 em seu cálculo.

Já União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) orientou os secretários municipais a pagarem o valor de R$ 1.181,00, segundo cálculos da entidade. "Somos favoráveis ao reajuste, até por conta da lei. Mas, no nosso entendimento, o piso depende dos valores executados no custo aluno do Fundeb e esses valores não foram publicados", disse Carlos Eduardo Sanchez, presidente da entidade.

Ele aponta que a diferença de R$ 6 (de R$ 1.187,00 para R$ 1.181,00) pode gerar impacto na folha de pagamento das prefeituras. "Cada município deve ter uma gestão muito equilibrada do magistério, que priorize a possibilidade de ter uma rede enxuta e com conquistas de carreira garantidas para os professores."

Dinheiro para os municípios

Municípios e estados podem pedir verbas federais – há R$ 1 bilhão reservado para este fim –, caso tenham dificuldades de pagar o piso salarial do magistério. De acordo com o MEC os critérios são os seguintes:

- Aplicar 25% das receitas na manutenção e no desenvolvimento do ensino.
- Preencher o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).
- Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino.
- Dispor de plano de carreira para o magistério, com lei específica.
- Demonstrar cabalmente o impacto da lei do piso nos recursos do estado ou município.

Os municípios e estados podem obter mais informações aqui.







Os professores deveriam estar agradecidos por esse  "aumento" tão generoso?


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Fique atento!! Resultado da primeira chamada do ProUni será divulgado neste domingo

 
 
Os candidatos às bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni) poderão consultar o resultado da primeira chamada da segunda etapa de inscrições neste domingo, 27. Os pré-selecionados terão prazo de 28 de fevereiro a 4 de março para comparecer às instituições de ensino e comprovar as informações declaradas na inscrição.

Caso ainda existam bolsas disponíveis, será realizada uma segunda chamada em 13 de março. A consulta ao resultado da primeira chamada poderá ser feito pelos candidatos inscritos na página do ProUni.

Lista de espera – Ao final das duas chamadas, os candidatos ainda não pré-selecionados, ou que tenham sido pré-selecionados para cursos em que não houve formação de turma, constarão em uma lista de espera que estará disponível às instituições de ensino a partir de 21 de março. A classificação do candidato considerará a primeira opção de inscrição. Caso não tenha ocorrido formação de turma nessa primeira opção, a classificação se dará na opção seguinte, até a terceira.

A partir da classificação na lista de espera, as instituições de educação superior convocarão os estudantes, entre 21 e 25 de março, para verificação das informações prestadas na inscrição. Não será necessária a confirmação, por parte do candidato, do interesse em participar da lista.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Sesu

Alunos do ensino médio debatem com ministro temas da educação

A qualidade do ensino médio público, os conteúdos pedidos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o piso salarial dos professores foram debatidos nesta sexta-feira, 25, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, com 21 estudantes do ensino médio que integram o Parlamento Juvenil do Mercosul.

O grupo de estudantes está em Brasília trabalhando no plano de ação do Parlamento Juvenil para 2011 e no regimento interno. O Parlamento Juvenil do Mercosul foi constituído em 2010, com representação da Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia e realizou a primeira reunião em Montevidéu, em outubro.

As provas do Enem, segundo alguns estudantes do parlamento, são muito longas e parte dos conteúdos pedidos não condizem com o que se aprende em escolas públicas do ensino médio.

Segundo Haddad, existe um esforço muito grande no país para melhorar a qualidade da formação dos professores e que isso vai refletir na melhora do ensino médio e no desempenho dos alunos no Enem. “O Enem é um referencial para as escolas do que deve ser estudado e fazer as provas é um direito dos alunos”, explicou.

Em 2010, segundo o ministro, 3 milhões de alunos fizeram o Enem, enquanto o número de vestibulandos em todo o país não passa de um milhão. Além de ser porta de entrada em instituições de ensino superior públicas e privadas, o Enem possibilita a certificação do ensino médio, dá acesso a bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e ao Financiamento Estudantil (Fies), Haddad explicou.

Sobre o piso salarial dos professores, que teve um aumento de 15,85% neste ano e passou a ser R$ 1.187,00, o ministro disse que ainda é pouco, porém mais importante que o valor inicial é haver o piso, para que a sociedade lute por ele.

Os integrantes do Parlamento Juvenil do Mercosul também opinaram sobre outros programas do MEC. A chegada de ônibus novos do Caminho da Escola, no município de Colinas (MA), foi destacada por Adão Randerson, que faz o segundo ano do ensino médio no Centro de Ensino João Pessoa. Segundo Adão, cinco das seis escolas do município já receberam os ônibus, além de computadores e internet banda larga.

Ionice Lorenzoni

Programa terá este ano aquisição recorde de 135 milhões de exemplares

 
 
Neste domingo, 27, será celebrado o Dia Nacional do Livro Didático. Para marcar a data, o Ministério da Educação promove, este ano, a aquisição de 135 milhões de livros — a maior já feita pelo MEC. Os investimentos foram de R$ 880 milhões na compra e de R$ 140 milhões na distribuição em todas as escolas das redes públicas federal, estaduais e municipais. Mais de 36 milhões de estudantes terão livros novos este ano.

Cada novo exemplar que chega às escolas públicas para o ano letivo de 2011 custou aos cofres públicos, em média, R$ 6,50. “É um preço muito bom; na loja, esses livros não saem por menos de R$ 60”, afirma o diretor de ações educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rafael Torino.

Este ano, pela primeira vez, alunos de escolas públicas do sexto ao nono ano receberão livros de língua estrangeira. A escola pode optar por inglês ou espanhol. “Já enviamos às escolas um volume por aluno” explica Torino. “Os exemplares são consumíveis; não há necessidade de devolução.”

Desde 1938, são desenvolvidas no país políticas destinadas a levar obras didáticas às escolas públicas. Somente em 2012, no entanto, os alunos de todas as séries do ensino fundamental receberão exemplares de todas as áreas do conhecimento. No próximo ano, estará completa a universalização do acesso ao livro didático, com a compra de títulos de língua estrangeira, filosofia e sociologia para o ensino médio.

O processo de avaliação dos títulos para o ensino médio está em fase final. O Guia do Livro Didático, com os títulos bem avaliados, será publicado em março. Com ele, os professores das escolas públicas terão o período de abril a junho para escolher as obras. Depois dessa fase, será aberta a de compra e impressão. A distribuição caberá aos Correios.

Desafios — Na avaliação do diretor de políticas de formação, materiais didáticos e de tecnologias para educação básica do MEC, Marcelo Soares, a distribuição de livros didáticos, aliada a políticas como a de valorização do magistério, tem contribuído, para a elevação da qualidade da educação no país. Ele salienta que o Brasil aparece entre os três países que mais evoluíram na educação básica nesta década, segundo relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2009, divulgado no ano passado.

Com a garantia da universalização do acesso, o desafio passa a ser a garantia da qualidade. Com cada vez mais conteúdo ministrado em sala de aula, as obras tendem a ficar volumosas. “O desafio é adquirir material mais prático, dinâmico, que dialogue com as novas mídias”, diz Torino. Além de levar os exemplares às salas de aula, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), responsável pela política do livro, pretende entregar um material atraente tanto para professores quanto para estudantes.

Ana Guimarães
 
 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Como produzir um jornal escolar

Objetivo geral 

Criar um veículo por meio do qual a escola possa divulgar seu projeto educativo.



Objetivos específicos 

- Para a direção

Garantir a estrutura e o material necessários ao andamento do projeto.

- Para os alunos

Participar da produção das edições e ter contato com os gêneros jornalísticos.

- Para a coordenação pedagógica

Formar os professores para o trabalho com jornal.

- Para os professores

Aplicar com as turmas o planejamento elaborado na formação.

- Para os funcionários e a comunidade

Participar com sugestões de pauta e opiniões sobre as reportagens e ser fontes de informações.


Conteúdos de Gestão Escolar

- Aprendizagem

Promoção de situações reais de confecção de textos jornalísticos.

- Equipe

Articulação entre docentes, gestores e demais funcionários da escola.

- Comunidade

Melhoria da comunicação com os pais e busca de parcerias.

- Materiais

Disponibilização de jornais que sirvam de referência para o trabalho. 


Anos

1º ao 9º ano.



Tempo estimado

Dois meses por edição


Material necessário


Calendário de eventos escolares e comunitários, jornais impressos (locais, nacionais e, se possível, institucionais), câmera fotográfica, computadores, gravadores e blocos de anotação.



Desenvolvimento

1ª etapa - Formação docente
O coordenador deve prever reuniões pedagógicas para o estudo sobre os conteúdos de leitura e escrita de textos jornalísticos. A complexidade do que será lido, ensinado e produzido depende das expectativas de aprendizagem para o ano escolar - os anos iniciais podem começar com os classificados e os mais velhos serem desafiados com a produção de reportagens maiores. O professor, como modelo de leitor, precisa ler e propiciar aos alunos contato frequente com os diversos gêneros usados por periódicos.

2ª etapa - Apresentação para a comunidade

Por meio de reuniões e avisos nos murais, avise os pais sobre o projeto. Eles poderão participar dando sugestões de pauta, servindo de fonte para os alunos, dando palestras (caso haja profissionais que trabalhem com jornal) e doando exemplares ou assinaturas para a biblioteca da escola.


3ª etapa - Criação do conselho editorial

Convide alunos, pais e professores para fazer parte do conselho editorial. Eles podem ser escolhidos por seus pares ou se oferecer voluntariamente. Gestores devem ter representantes nesse grupo, que discutirá o cronograma, a periodicidade, as seções, as responsabilidades de cada um, a divisão de tarefas entre as turmas, a circulação e a distribuição - além de dar a palavra final sobre os temas e os textos. É interessante que a formação dessa equipe mude periodicamente.

4ª etapa - Organização e escrita

Com base no planejamento feito com o coordenador, os professores realizarão as atividades de produção de textos com as turmas. Cada sala fica responsável por uma seção (esportes, cultura etc.). É recomendável que o coordenador observe as aulas e verifique a aplicação do que foi estudado.

5ª etapa - Checagem e distribuição

O material precisa passar por uma revisão, a ser feita pelo diretor e pelo coordenador pedagógico. A intenção é verificar se os textos condizem com os valores e os objetivos previstos no PPP. Cumprida a tarefa, encaminhe os arquivos à gráfica (que também pode ser uma parceira da escola). Por fim, todos devem ajudar na distribuição.



Avaliação

Reúna-se periodicamente com representantes de diferentes segmentos do público leitor a fim de ouvir as opiniões. Uma seção de cartas, com os contatos da escola, auxilia esse levantamento.

Estudar fora do país: como conseguir bolsa de estudo


Instituições e universidades de vários países oferecem programas que pagam a estada e os estudos de estrangeiros. Saiba quais são as instituições
Estudante
Faça uma pesquisa para saber qual programa de intrecâmbio tem mais a ver com você
Foto: Getty Images


Ter experiência internacional no currículo não é privilégio só para quem tem dinheiro sobrando.

Instituições e universidades de vários países oferecem programas que pagam a estada e os estudos de estrangeiros. Mas, antes de você se encher de planos, a gerente de orientação de carreira, Bruna Dias, dá uma dica valiosa: "Vale a pena investir em cursos fora quando eles oferecem algo que não existe no Brasil porque as empresas valorizam profissionais que têm um conhecimento específico. Eles se destacam nos processos de seleção".

Uma temporada em outro país também garante fluência em um idioma. "Isso é bom porque em geral os profissionais conseguem se comunicar em inglês, em espanhol, mas não são fluentes", completa Bruna. Você ficou com vontade de fazer um intercâmbio? Então, consulte o miniguia que preparamos para você:

Onde estudar: Estados Unidos - Bolsas da Comissão Fulbright

A Comissão Fulbright, que tem o objetivo de estreitar relações do povo americano com os de outros países, chegou ao Brasil em 1957 e oferece, entre várias opções de intercâmbio, 40 bolsas para tecnólogas. As viajantes podem estudar durante um ano em uma instituição de ensino superior americana nas seguintes áreas: administração e gerenciamento de negócios, turismo e hotelaria, comunicação, tecnologia da informação e tecnologias na área de engenharia.

O que você ganha: passagem de ida e volta, curso de inglês (com duração de quatro a oito semanas, nos Estados Unidos), alojamento, alimentação, isenção de taxas escolares, auxílio mensal para cobrir suas despesas adicionais de estada e seguro-saúde.

Mais em: http://www.fulbright.org.br/

Estudantes de intercâmbio
Ter experiência internacional no currículo é um grande privilégio
Foto: Getty Images


Onde estudar: Américas do Norte, Central e do Sul - Bolsas de mestrado e doutorado da Organização dos Estados Americanos (OEA)

Existem bolsas em faculdades dos países-membros da OEA com duração de um ano e com a possibilidade de ser renovadas por mais um. Há duas maneiras de se candidatar a elas: uma é escolher um país e deixar que a OEA selecione a melhor universidade para a área que a estudante deseja; e a outra é a candidata entrar em contato direto com a instituição educacional, ser aceita e, depois disso, ingressar com um pedido para que a OEA banque seus estudos.

O que você ganha: passagem de ida e volta, isenção de mensalidades e matrícula, seguro-saúde, auxílio-moradia (o valor varia de país para país) e ajuda financeira para compra de livros.


Mais em: http://www.educoea.org/


Onde estudar: Japão - Programa Monbukagakusho de graduação e pós-graduação

São bolsas nas áreas de direito, ciência política, pedagogia, sociologia, literatura, história, economia, administração de empresas, medicina, odontologia e vários ramos da engenharia.

O que você ganha: passagem de ida e volta, auxílio de ¥ 125 000 (graduação) e ¥ 152 000 (pós) por mês, isenção de taxas escolares e curso de japonês (por um ano).


Mais em: http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/cultura/bolsa1_graa.htm


Onde estudar: Alemanha - Bolsas de mestrado em Políticas Públicas do DAAD

Direcionado a graduadas em direito, ciências sociais e políticas, economia, administração e relações internacionais que desejam pesquisar, e atuar, para melhorar a situação sociopolítica e econômica de seu país natal.

O que você ganha: passagem aérea de ida e volta, bolsa-auxílio de € 750 mensais, curso preparatório de alemão e seguro-saúde.


Mais em: http://rio.daad.de/


Outros programas

Além desses, há dois grandes programas que oferecem bolsas de estudos em diferentes instituições europeias. Por intermédio do Erasmus Mundus (http://eacea.ec.europa.eu/erasmus_mundus/), é possível conseguir vagas para mestrado e doutorado e, em alguns casos, auxílio para se manter. Já a Fundação Carolina (http://www.fundacioncarolina.es/pt/Paginas/index.aspx) tem bolsas de pós-graduação, doutorado e pós-doutorado só na Espanha, mas que contemplam diversas áreas de atuação.


Educação à Distância x Educação Presencial: algumas diferenças encontradas



A educação presencial é a educação tradicional, a educação que acontece com a presença pessoal de professores, alunos e outros atores que participam do ensino x aprendizagem. É uma modalidade de educação mais antiga e que apresenta bons resultados, porém o que observamos são mudanças significativas ocorridas nas últimas décadas em relação ao ensino, às metodologias e até as ferramentas e técnicas utilizadas que são comprovadamente mais eficientes que estão sendo utilizadas nas escolas, universidades e centros tecnológicos.

Com o avanço da informática e particularmente o desenvolvimento espantoso da Internet o mundo já não é mais o mesmo. A educação à distância é a nova modalidade de educação que também por conta desse avanço veio para ficar.

Vivemos no mundo da informação e uma das mais utilizadas é a informação automática. Cada vez mais cresce a utilização de computadores e suas redes virtuais desenvolvidas quase sempre em todas as áreas e muito buscadas por todos.

A grande rede é utilizada por muitos, sejam profissionais: professores, advogados, administradores, médicos, engenheiros, economistas, etc ou até mesmo jovens que são apenas estudantes. A utilização de ambientes virtuais é uma realidade e assim, pouco a pouco educação presencial vai dividindo espaço com a chamada educação virtual. Esse tipo de educação utiliza técnicas e ferramentas que possam ajudar na agilidade de comunicação de pessoas e instituições distintas e distantes. Se formos ver um pouco da história da educação vamos identificar que o século XXI trouxe avanços significativos com uma educação inovadora, mas também cheia de desconfianças.

No seu início, a educação à distância utilizava certos meios mais convencionais como o rádio, a televisão, hoje, verifica-se a crescente utilização do computador como ferramenta dessa educação por meios digitais e virtuais. Para boa parte da população brasileira o contato com o computador e com a própria Internet já não é mais um sonho. Até o governo já desenvolve atualmente políticas educacionais voltadas para a utilização do computador e da Internet.

Como o presente artigo foi escrito não para esgotar o assunto, mas para estabelecer algumas diferenças entre os dois tipos de educação, vamos às ilações: em minha análise observo que enquanto na educação a distância existe separação física ente professor e aluno, na educação presencial isso não ocorre.

A educação presencial não possui o chamado tutor, um intermediador do processo ensino x aprendizagem.

O tutor é um dos atores do ensino à distância que mantem maior contato com o aluno do que o professor; na educação presencial não há intermediário, isto é, não é necessário um tutor.
Na educação a distância há utilização de meios de comunicação mais automáticos e impressos, há uma comunicação bilateral e possibilidade de encontros ocasionais com objetivos de socialização e didáticos; os alunos têm mais autonomia. Já na educação presencial nota-se que há a convivência numa mesma estrutura física com docentes e discentes, a forma mais comum de procedimentos metodológicos é a aula expositiva e dialogada que permite o “face to face”.

Uma outra diferença que devemos considerar é o ritmo de aprendizado. O ritmo da aprendizagem na educação a distância é de certa forma, controlado pelo aluno, destacando aqui, a maleabilidade para a auto-aprendizagem, as avaliações e controles discentes são ditados pelo professor e tutor, enquanto que na educação presencial o ensino-aprendizagem é mais focado no professor, ou seja, este último tem que se empenhar mais para com o aprendizado do aluno. Enquanto a educação à distância apresenta dias e horários de aula mais maleáveis, a educação presencial apresenta horários mais rígidos.

Diferenças a parte, os dois tipos de educação, modernamente, são muito utilizados e detalhe, praticamente no mundo todo verifica-se a utilização de ambos.

Na educação à distância a comunicação deve ser frequentemente bem analisada, controlada e avaliada do que a educação presencial. A educação a distância é mais nova e utiliza neotecnologias com linguagens html, enquanto que a presencial utiliza muito mais a oralidade e tecnologias mais convencionais.

Em síntese, apesar das distinções, ambos tipos de educação, se bem conduzidos e orientados ajudam na construção da educação por parte de professores, tutores e alunos.
  
 
Por: Flávio Andrade é graduado em Administração pela Universidade Estadual do Maranhão,
pós-graduado em Administração pública e é mestrando  profissional em Gestão
Estratégica de Pessoas (MBA).
 
 
Fonte: Educa Virtual

Ser bilíngue protege o cérebro contra mal de Alzheimer




Segundo uma nova pesquisa, o cérebro das pessoas bilíngues funciona melhor e por mais tempo depois de desenvolver mal de Alzheimer, o que sugere que aprender um segundo idioma tem um efeito protetor contra a doença.

Os pesquisadores testaram cerca de 450 pacientes que tinham sido diagnosticados com mal de Alzheimer. Metade deles era bilíngue, e a outra metade só falava uma língua. Embora todos os pacientes tivessem níveis semelhantes de disfunção cognitiva, os bilíngues tinham sido diagnosticados com mal de Alzheimer cerca de 4 anos mais tarde.

Da mesma forma, as pessoas bilíngues relataram que seus sintomas haviam começado cerca de 5 anos mais tarde do que aqueles que só falavam uma língua. Segundo os pesquisadores, os pacientes bilíngues tinham o mesmo nível de comprometimento, mas eram 4 ou 5 anos mais velhos, o que significa que eles foram capazes de lidar com a doença por mais tempo.

Varreduras do cérebro de pacientes com Alzheimer mostraram que, entre os pacientes que estão funcionando no mesmo nível, aqueles que são bilíngues têm deterioração cerebral mais avançada. Entretanto, essa diferença não é visível a partir de comportamentos ou de habilidades. As pessoas bilíngues agem como os pacientes cuja doença é menos avançada.

Uma vez que a doença começa a comprometer a região do cérebro, os bilíngues podem continuar a funcionar normalmente. Ou seja, o bilinguismo protege os idosos, mesmo após o mal de Alzheimer começar a afetar sua função cognitiva.

Segundo os pesquisadores, ser bilíngue não previne a doença. Porém, permite que aqueles que desenvolvem mal de Alzheimer lidem melhor com ela.

Além disso, outros estudos sugerem que os benefícios do bilinguismo não são aplicáveis somente àqueles que sempre falaram uma segunda língua, mas também às pessoas que aprenderam uma língua estrangeira mais tarde na vida.

Os cientistas acreditam que a proteção do bilinguismo decorre de diferenças cerebrais. Em particular, estudos mostram que pessoas bilíngues exercitam mais uma rede do cérebro chamada sistema de controle executivo. O sistema de controle executivo envolve partes do córtex pré-frontal e outras áreas, e é a base da capacidade de pensar em maneiras complexas. É extremamente importante para o pensamento humano e a atenção.

Pessoas bilíngues, em teoria, constantemente têm que exercitar esse sistema cerebral para prevenir suas duas línguas de interferir uma na outra. Seus cérebros devem classificar com várias opções cada palavra, alternar entre as duas línguas, e manter tudo organizado.

Todo este trabalho parece conferir uma vantagem cognitiva: a capacidade de lidar com uma situação em que as coisas ficam difíceis, por exemplo, quando o cérebro é bombardeado com uma doença como o Alzheimer. [LiveScience]




quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Últimos dias para cadastramento do plano de atividade do Programa Escola Aberta

 
 
 
Termina no próximo dia 27 de fevereiro o prazo para as escolas que participam do Programa Escola Aberta cadastrarem seus planos de atividades 2011 no Sistema de Monitoramento e Acompanhamento do Ministério da Educação (Simec). O cadastro deverá ser realizado no "Módulo Escola", disponível no endereço eletrônico do Simec (http://www.simec.mec.gov.br/). O plano será validado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, caso esteja totalmente preenchido.

A coordenadora de Articulação Escola e Comunidade da Secretaria, Naynara Moreira ressalta que, ao registrar seus planos, as unidades precisam informar a duração das oficinas.

Resultado da cooperação técnica entre MEC, Unesco e Secretaria da Educação do Estado, o Programa Escola Aberta está presente, atualmente, em 69 escolas da rede estadual que abrem as portas nos finais de semana para acolher as comunidades do entorno e promover atividades de arte, esporte, lazer e educação.

Trata-se de um projeto inclusivo com a proposta de contribuir para a cultura de paz. "Com isso, os estudantes participam de atividades extraescolares e a comunidade, por sua vez, se aproxima da escola" ressalta Naynara Moreira.



Secretarias devem apresentar contas de recursos recebidos

Termina na próxima segunda-feira, 28, o prazo para que estados, municípios e o Distrito Federal apresentem ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a prestação de contas dos recursos recebidos em 2010 do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Quem não entregar a documentação ou não comprovar a execução correta pode ficar sem o repasse financeiro deste ano. Entidades privadas beneficiadas pelo programa no ano passado também precisam prestar contas dentro desse prazo.

Criado em 1995, o PDDE transfere recursos diretamente às escolas para pequenos reparos e manutenção de sua infraestrutura e para compra de material de consumo e de bens permanentes, como geladeira e fogão. Ao longo dos anos, novas ações foram incorporadas ao programa, que atualmente financia a acessibilidade nas escolas públicas, a educação integral e o funcionamento das escolas nos fins de semana.

Prestação de contas – O processo da prestação de contas começa nas unidades de ensino, que têm de apresentar à secretaria municipal ou estadual de educação a que estão ligadas, até o dia 31 de dezembro de cada ano, toda a documentação referente aos gastos. Em seguida, as secretarias estaduais e municipais consolidam as informações de todas as escolas e as enviam ao FNDE até 28 de fevereiro do ano seguinte.

Caso uma unidade não apresente a documentação à rede pública, a secretaria a que está subordinada deve informar o FNDE sobre a inadimplência. Neste caso, apenas a escola ficará sem o recurso federal. As demais, que prestaram contas corretamente, receberão o benefício.

Em 2010, mais de 41 milhões de alunos de 137 mil escolas foram beneficiados com repasses que ultrapassaram R$ 1,4 bilhão. Neste ano, o orçamento previsto do PDDE é de R$ 1,5 bilhão.


Fonte: Portal MEC

Atenção!! Inscrições para segunda etapa serão encerradas nesta quinta-feira, 24.

 
 
 
Serão encerradas nesta quinta-feira, 24, as inscrições da segunda etapa deste primeiro semestre do Programa Universidade para Todos (ProUni). Criado em 2004, pelo Ministério da Educação, o programa oferece, a estudantes de baixa renda, bolsas de estudos integrais e parciais (50% do valor da mensalidade) em instituições particulares de educação superior.

Os inscritos não pré-selecionados na primeira etapa e os pré-selecionados para cursos que não tiveram formação de turma podem se candidatar novamente. Aqueles que não se inscreveram na primeira etapa também têm nova oportunidade. O candidato, ao se inscrever, pode fazer até três opções de curso e de instituição.

Para concorrer às bolsas, o estudante deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010, atingido no mínimo 400 pontos na média das cinco notas do exame (ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias e a redação) e ter nota na redação que não tenha sido zero.

Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais, de metade da mensalidade, são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. Além de ter feito o Enem e alcançado a pontuação mínima, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou, na condição de bolsista integral, em escola particular.

Professores da rede pública de ensino básico que concorrem a bolsas em cursos de licenciatura, normal superior ou de pedagogia não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola.

As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do programa. O candidato deve informar o número de inscrição e a senha usados no Enem e o CPF. Os pré-selecionados que obtiveram a bolsa na primeira etapa estão impedidos de fazer inscrição.

A primeira chamada dos pré-selecionados nesta segunda etapa será divulgada no domingo, 27. A comprovação dos documentos exigidos para a matrícula deve ser feita até 4 de março. Caso haja bolsas disponíveis após esse prazo, será feita outra chamada, em 13 de março, conforme o cronograma.

Fonte: Portal MEC 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Secretaria da Educação vai lançar campanha de valorização do livro didático

 
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia comemora o Dia Nacional do Livro Didático (27 de fevereiro) anunciando, para março, o lançamento de uma campanha de valorização dessa importante ferramenta de aprendizagem e de fortalecimento da qualidade da educação. A ideia é implantar, nos colégios, uma ação permanente de conscientização e devolução dos livros didáticos por meio de apoio e recursos aos gestores. A Secretaria, com isso, visa continuar cooperando com as ações do Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação (FNDE).

O intuito da campanha, conforme Ana Cristina Carvalho, coordenadora de monitoramento do livro, da Secretaria, é elevar o percentual de devolução de livros na rede pública estadual de ensino, colaborando, assim, para o aumento da sua vida útil, durante o programa. “A Secretaria da Educação lança essa campanha por entender a importância da preservação do livro, não apenas como patrimônio do governo do Estado, mas como fonte de cultura”.

A campanha vai se desenvolver, inicialmente, a partir de um encontro, previsto para o mês de março, com os gestores das Diretorias Regionais 1A e 1B e da Região Metropolitana de Salvador. No encontro, os participantes vão se inteirar da portaria nº 0359/2011, da Secretaria da Educação, que dispõe sobre os procedimentos para conservação e devolução de livros, bem como o descarte de livros didáticos irrecuperáveis ou desatualizados.

Atualmente, o governo federal envia livros didáticos aos alunos do ensino fundamental e médio, aumentando a oferta de obras de literatura e dicionários, além de livros em Braile (para deficientes visuais) e em Libras (para deficientes auditivos). “Também tem sido crescente, nos últimos anos, a distribuição de material didático aos alunos do ensino médio e aos programas de alfabetização de jovens e adultos”, ressalta Ana Cristina Carvalho.


Portal do MEC dá acesso às coleções Educadores e História da África

 

Estão disponíveis no portal Domínio Público do Ministério da Educação a Coleção Educadores, com 62 títulos, e a Coleção História Geral da África, com oito volumes. Concluídas em novembro de 2010, as obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes, mas o acesso é livre no portal.

Paulo Freire, Anísio Teixeira, Jean Piaget e Antônio Gramsci, dentre outros, fazem parte da Coleção Educadores, que começou a ser distribuída este mês pelo MEC às escolas da educação básica do país. Integram a coleção 31 autores brasileiros, 30 pensadores estrangeiros e um livro com os manifestos Pioneiros da Educação Nova, escrito em 1932, e dos Educadores, de 1959.

Na coleção, professores e estudantes de pedagogia e de cursos de licenciatura encontram um ensaio sobre cada autor, a trajetória da produção intelectual na área, uma seleção de textos, que corresponde a 30% do livro, e cronologia. A última parte traz a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada livro tem, em média, 150 páginas. Preparada pelo MEC desde 2006, a coleção integra as iniciativas do governo federal de qualificar a formação inicial e continuada de professores da educação básica pública.

África — A coleção História Geral da África tem cerca de dez mil páginas, distribuídas nos oito volumes. Criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980. Cerca de 350 pesquisadores, a maioria deles africanos, trabalhou durante 30 anos no levantamento de dados e na produção da obra.

Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, o MEC oferece a versão para uso no Brasil e nas nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Oito mil exemplares (conjuntos) impressos da coleção serão distribuídos pelo MEC nas bibliotecas públicas do país, universidades, conselhos de educação e ministérios públicos estaduais. Além de objeto de leitura e estudo, o conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas da educação básica. Integra, ainda, uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme prevê a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial nas redes públicas de ensino.

Ionice Lorenzoni


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Isso é grave:17% dos professores não têm formação ideal para dar aula!

 


Lei exige formação superior para docentes a partir do 6º ano do Fundamental; MEC reconhece que a situação é ilegal e pode afetar aprendizado, mas diz articular políticas para sanar a questão


No Brasil, 16,8% dos professores da rede pública não têm formação suficiente para exercer a profissão e estão em situação irregular. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) exige que os docentes do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio tenham formação superior, mas 208 mil professores dessas séries concluíram apenas o fundamental ou o médio.

Por Estado, a pior situação é na Bahia, onde 50,8% dos 96,5 mil docentes dessas séries não completaram o ensino superior. Já São Paulo tem a melhor taxa nacional: 2,25% dos 238.667 professores dessa fase do ensino não terminaram a faculdade.

O levantamento, feito com base em dados do Inep (instituto ligado ao MEC) reunidos em 2009 e atualizados em janeiro deste ano, abarca o total de 1,2 milhão de professores que dão aulas nas séries em que há essa exigência.

O índice é praticamente o mesmo de 2007 (16%), quando se fez o primeiro levantamento nacional do tipo. Erivan Santos, 20, ilustra essa situação. Ele começou a dar aulas na rede pública aos 19 anos e atualmente ensina geografia numa escola particular de Acajutiba, na Bahia, enquanto está no segundo ano de pedagogia.

"Para dar aula de geografia, basta ter um bom entendimento do assunto e saber passar isso para os alunos. Não precisa de conhecimento aprofundado, não", diz.

"Esses professores estão em situação irregular e terão de fazer uma licenciatura", afirma a pesquisadora Ângela Soligo, da Faculdade de Educação da Unicamp.

O fundador da ONG Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, diz que o percentual de docentes sem faculdade também descumpre metas do Plano de Educação Básica. "Parte desses professores vem de cidades menores, onde, em geral, só se estuda até o ensino médio", afirma.

OUTRO LADO


A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Almeida e Silva, admite que a situação dos professores sem formação suficiente "fere a lei" e pode comprometer a aprendizagem.

Segundo ela, estão em curso políticas articuladas com governos locais para sanar a questão. "Nunca temos resultados rápidos em Educação, mas as políticas atuais estão bem estruturadas."

A diretora do Instituto Anísio Teixeira (que forma docentes na BA), Irene Cazorla, diz desconfiar que os dados estejam "superestimados". 





Precisamos mudar essa realidade imediatamente!

Ou nós, professores formados e realmente preocupados com a educação de nossos alunos, continuaremos a levar "fama sem proveito", isto é, toda a culpa pela decadência da educação, e por isso, estaremos fadados ao descrédito...

Não podemos deixar que isso continue a a contecer!


Émile Durkheim, o criador da sociologia da educação

 

 

Para o sociólogo francês, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social

Márcio Ferrari

Em cada aluno há dois seres inseparáveis, porém distintos. Um deles seria o que o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) chamou de individual. Tal porção do sujeito – o jovem bruto –, segundo ele, é formada pelos estados mentais de cada pessoa. O desenvolvimento dessa metade do homem foi a principal função da educação até o século 19. Principalmente por meio da psicologia, entendida então como a ciência do indivíduo, os professores tentavam construir nos estudantes os valores e a moral. A caracterização do segundo ser foi o que deu projeção a Durkheim. "Ele ampliou o foco conhecido até então, considerando e estimulando também o que concebeu como o outro lado dos alunos, algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade de que fazem parte", explica Dermeval Saviani, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas.

Dessa forma, Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.

Nessa concepção durkheimiana – também chamada de funcionalista –, as consciências individuais são formadas pela sociedade. Ela é oposta ao idealismo, de acordo com o qual a sociedade é moldada pelo "espírito" ou pela consciência humana. "A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios – sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento – que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela", escreveu Durkheim.

Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo. "Todo o passado da humanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas que dirigem os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são próprias. As sociedades cristãs da Idade Média, por exemplo, não teriam sobrevivido se tivessem dado ao pensamento racional o lugar que lhe é dado atualmente", exemplificou o pensador.

Ensino público e laico

Durkheim não desenvolveu métodos pedagógicos, mas suas idéias ajudaram a compreender o significado social do trabalho do professor, tirando a educação escolar da perspectiva individualista, sempre limitada pelo psicologismo idealista – influenciado pelas escolas filosóficas alemãs de Kant (1724-1804) e Hegel (1770-1831). "Segundo Durkheim, o papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público, não somente o desenvolvimento individual do aluno", explica José Sérgio Fonseca de Carvalho, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

Nas palavras de Durkheim, "a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto". Tais exigências, com forte influência no processo de ensino, estão relacionadas à religião, às normas e sanções, à ação política, ao grau de desenvolvimento das ciências e até mesmo ao estado de progresso da indústria local.

Se a educação for desligada das causas históricas, ela se tornará apenas exercício da vontade e do desenvolvimento individual, o que para ele era incompreensível: "Como é que o indivíduo pode pretender reconstruir, por meio do único esforço da sua reflexão privada, o que não é obra do pensamento individual?" E ele mesmo respondeu: "O indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende. E não poderá sabê-lo sem ir à escola, começando por observar a matéria bruta que está lá representada". Por tudo isso, Durkheim é também considerado um dos mentores dos ideais republicanos de uma educação pública, monopolizada pelo Estado e laica, liberta da influência do clero romano.

Autoridade do professor

Durkheim sugeria que a ação educativa funcionasse de forma normativa. A criança estaria pronta para assimilar conhecimentos – e o professor bem preparado, dominando as circunstâncias. "A criança deve exercitar-se a reconhecer [a autoridade] na palavra do educador e a submeter-se ao seu ascendente; é por meio dessa condição que saberá, mais tarde, encontrá-la na sua consciência e aí se conformar a ela", propôs ele. "Em Durkheim, a autonomia da vontade só existe como obediência consentida", diz Heloísa Fernandes, da Faculdade de Ciências Sociais da USP. O sociólogo francês foi criticado por Jean Piaget (1896-1980) e Pierre Bourdieu (1930-2002), defensores da idéia de que a criança determina seus juízos e relações apenas com estímulos de seus educadores, sem que estes exerçam, necessariamente, força autoritária sobre ela.

A elaboração, adoção e socialização dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)foi uma grande conquista para a educação brasileira. Houve padronização na indicação dos conteúdos curriculares e uma clara demonstração do que o governo espera dos jovens que deixarão os bancos escolares nos próximos anos. Para o professor Dermeval Saviani, da Unicamp, esse fato tem certa relação com as concepções de Durkheim. "Os currículos são sugeridos para todos. Esses documentos mostram as necessidades da sociedade. Agora, cabe aos estabelecimentos de ensino pegar essas indicações e moldá-las aos estudantes", explica. "A idéia de fundo é colocar as pessoas certas nos lugares certos, onde a comunidade precisa", diz.

Biografia

Émile Durkheim nasceu em 1858, em Épinal, no noroeste da França, próximo à fronteira com a Alemanha. Era filho de judeus e optou por não seguir o caminho do rabinato, como era costume na sua família. Mais tarde declarou-se agnóstico. Depois de formar-se, lecionou pedagogia e ciências sociais na Faculdade de Letras de Bordeaux, de 1887 a 1902. A cátedra de ciências sociais foi a primeira em uma universidade francesa e foi concedida justamente àquele que criaria a Escola Sociológica Francesa. Seus alunos eram, sobretudo, professores do ensino primário. Durkheim não repartiu o seu tempo nem o pensamento entre duas atividades distintas por mero acaso. Abordou a educação como um fato social. "Estou convicto de que não há método mais apropriado para pôr em evidência a verdadeira natureza da educação", declarou. A partir de 1902, foi auxiliar de Ferdinand Buisson na cadeira de ciência da educação na Sorbonne e o sucedeu em 1906. Estava plenamente preparado para o posto, pois não parara de dedicar-se aos problemas do ensino. Dentro da educação moral, psicologia da criança ou história das doutrinas pedagógicas, não há campos que ele não tenha explorado. Suas obras mais famosas são A Divisão do Trabalho Social e O Suicídio. Morreu em 1917, supostamente pela tristeza de ter perdido o filho na Primeira Guerra Mundial, no ano anterior.

Tempo de mudanças

A segunda metade do século 19 marca o nascimento de algumas ciências humanas, como antropologia, sociologia, psicanálise e lingüística. Charles Darwin (1809-1882), Karl Marx (1818-1883) e Sigmund Freud (1856-1939), para citar apenas alguns clássicos, estavam formulando as idéias que reorientariam o pensamento mundial mais tarde, assim como fez Durkheim no campo da sociologia. A França vivia um período de conflitos – parte da região da Lorena, onde Durkheim nasceu, foi tomada pela Alemanha em 1871, o que levou à guerra entre os dois países. Nesse mesmo ano, foi proclamada a Terceira República Francesa, que implantou medidas políticas inovadoras, como a instituição da lei do divórcio. Na educação, devido também à influência das concepções de Durkheim, a Terceira República trouxe a obrigatoriedade escolar para crianças de 6 a 13 anos e a proibição do ensino religioso nas escolas públicas, ideais que até hoje estão entre os pilares educacionais naquele país. Tais transformações foram fundamentais para a preocupação de Durkheim com a formação de professores para a nova escola laica republicana. Ele viveu também no período da chamada Segunda Revolução Industrial, quando o motor de combustão interna, o dínamo, a eletricidade, o telégrafo e o petróleo tomaram a atenção do mundo todo. Morreu durante a Primeira Guerra Mundial, no ano da Revolução Russa.



Para pensar

Durkheim dizia que a criança, ao nascer, trazia consigo só a sua natureza de indivíduo. "A sociedade encontra-se, a cada nova geração, na presença de uma tábua rasa sobre a qual é necessário construir novamente", escreveu. Os professores, como parte responsável pelo desenvolvimento dos indivíduos, têm um papel determinante e delicado. Devem transmitir os conhecimentos adquiridos, com cuidado para não tirar a autonomia de pensamento dos jovens. A proposta de Durkheim levará o aluno a avançar sozinho? Esse modelo de formação externa contraria a independência nos estudos? Ou será uma condição para que a educação cumpra seu papel social e político?



Quer saber mais?

A Evolução Pedagógica, Émile Durkheim, 325 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444 (edição esgotada)
Durkheim, José Albertino Rodrigues (org.), 208 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 27,50 reais
Educação e Sociologia, Émile Durkheim, 132 págs., Edições 70, tel. (11) 3107-0017 (Livraria Portugal, importadora), 47 reais
Sintoma Social Dominante e Moralização Infantil, Heloísa Rodrigues Fernandes, 219 págs., Edusp e Ed. Escuta, tel. (11) 3865-8950, 33,70 reais 



Matriz de referência da Provinha Brasil de Matemática está à disposição dos professores

 
 
Os professores de turmas do segundo ano do ensino fundamental público e os coordenadores pedagógicos já podem consultar a matriz de referência da Provinha Brasil de matemática, a ser enviada às escolas, no início do segundo semestre, pelo Ministério da Educação. Como o exame não é obrigatório, a decisão de aplicá-lo cabe a cada escola.

A matriz de referência relaciona competências que as crianças do segundo ano do ensino fundamental devem ter adquirido. Reconhecer representações de figuras geométricas, identificar, comparar e ordenar grandezas, ler e interpretar dados em gráficos, tabelas e textos são alguns conteúdos avaliados na provinha.

De acordo com a coordenadora de ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Edna Martins Borges, a matriz de referência é um resumo do currículo desenvolvido pela escola. Com a provinha, segundo ela, é possível fazer um diagnóstico do que a criança está aprendendo e do que deve aprender. O exame ainda oferece ao professor uma avaliação precisa do direcionamento de seu trabalho.

Edna considera essencial que o professor compreenda a matriz de referência como parte do currículo e que outras dimensões devem ser trabalhadas na escola. Ela recomenda ao professor não treinar as crianças para a provinha. “O objetivo é fazer um diagnóstico, não dar nota de desempenho”, salienta.

Habilidades — Para a secretária de educação básica, Maria do Pilar Lacerda, tanto a alfabetização e o letramento quanto o domínio dos fundamentos matemáticos levam os estudantes a desenvolver habilidades que os ajudam a entender e trabalhar outras áreas do conhecimento. “Ninguém aprende ciências se não souber ler; ninguém entende o espaço se não tiver uma noção matemática”, explica.

Segundo a secretária, estudos recentes revelam que crianças com habilidades em matemática têm facilidade para a música e para o xadrez. “A criança não aprende matemática para fazer contas, mas para desenvolver áreas do cérebro fundamentais para a aquisição de outros conhecimentos durante a vida.”

Em julho, o Ministério da Educação levará a primeira Provinha Brasil de matemática às escolas públicas de ensino fundamental com turmas de estudantes no segundo ano (alfabetização). Além da prova impressa do aluno, com 20 testes, as escolas receberão um conjunto de publicações informativas, composto de caderno do professor-aplicador, roteiro com orientações sobre a aplicação dos testes e guia de correção e interpretação dos resultados.

Fonte: Ionice Lorenzoni para o Ministério da Educação
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