Mais de 4.000 escolas públicas das redes estadual e municipais da Bahia foram selecionadas pelo Programa Mais Educação para implantar a educação em tempo integral. A meta do estado é atender as instituições de ensino com maior número de alunos oriundos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). As unidades escolares que aderirem à iniciativa irão receber recursos federais para ampliar o ensino integral em suas estruturas curriculares.
O assunto foi discutido na quinta e sexta-feira (22 e 23), na Escola Parque, em Salvador, por representantes dos ministérios da Educação (MEC) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e das secretarias estaduais da Educação e de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, com coordenadores estaduais e municipais dos programas Bolsa Família e Mais Educação e representantes das Diretorias Regionais de Educação do Estado (Direc).
“As escolas baianas selecionadas têm que aderir ao Programa Mais Educação o mais rápido possível”, afirma o secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro. Segundo ele, a iniciativa só irá trazer benefícios, “como tirar as crianças e jovens das ruas, afastá-los das drogas e proteger e abraçar os que ainda não foram cooptados pelo crime”.
Nova realidade
A coordenadora estadual do Bolsa Família, Luciana Santos, enfatiza que a parceria do programa com o Mais Educação garantirá a crianças e jovens em situação vulnerável o acesso à educação de qualidade em tempo integral, “dando espaço para eles conviverem com outras linguagens e novos aprendizados e desenvolverem novas habilidades”.
Para a superintendente de Educação Básica da Secretaria da Educação da Bahia, Amélia Maraux, o Mais Educação vai implementar uma nova realidade e uma nova metodologia de educação no estado e “resgatar uma dívida histórica que o país tem com os nossos cidadãos”.
Daniel Ximenes, diretor do Departamento de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, enfatiza que a educação em tempo integral, por meio do Mais Educação, dará oportunidade para que as crianças e jovens vivam e se identifiquem mais com a escola, porque “poderão descobrir novos talentos, terão a criatividade provocada e o capital de visão ampliado”.
Segundo ele, o Mais Educação está em parceria com o Bolsa Família para implantar a educação integral porque “não dá para trabalhar as políticas sociais sem dialogar com a educação e a saúde. Por isso, os gestores do Bolsa Família têm que ajudar na mobilização das escolas, para que, pelo menos, 70% delas participem do Mais Educação na Bahia”.
Para participar da seleção, é preciso que a unidade escolar urbana tenha maior número de alunos oriundos de famílias beneficiárias do Bolsa Família e que no total tenha mais de 150 estudantes; que a escola rural seja localizada nos territórios prioritários do plano Brasil sem Miséria; e unidades rurais situadas em municípios com índices de pobreza do campo.
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Fonte: SECOM - Bahia
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