Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o secretário da Casa Civil da Bahia, Rui Costa, afirmou que a estiagem enfrentada em 158 municípios baianos pode ser a pior dos últimos 30 anos.
Costa, que coordena o Comitê Estadual para Ações Emergenciais de Combate à Seca, criado na última semana pelo governador Jaques Wagner, explicou ao repórter Daniel Carvalho as ações que o Governo da Bahia está tomando – a assinatura de convênio com o Ministério da Integração, no valor de R$168 milhões foi uma das medidas pontuadas.
Confira a matéria:
Se não chover, Bahia pode ter a maior seca dos últimos 30 anos
Situação de emergência foi decretada em 158 municípios; 2 milhões foram afetados
DANIEL CARVALHO
A seca que atinge o semiárido da Bahia fez o governo estadual decretar situação de emergência em 158 municípios. Em dezembro do ano passado, havia apenas 29 cidades nessa situação.
Cerca de 2 milhões de pessoas já foram afetadas, de acordo com o governo. Se não chover até o final deste mês, a Bahia registrará a maior seca dos últimos 30 anos, afirma a Secretaria da Casa Civil.
O período de chuvas vai de dezembro a março, mas em algumas localidades não cai água suficiente para abastecer a população, alimentar o gado e irrigar plantações desde o início de 2011.
Hoje, o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) vai a Salvador assinar um convênio de R$ 168 milhões para que sejam construídos 1.240 sistemas de abastecimento de água até 2013. Cerca de cem serão feitos em regime emergencial.
O governo federal também deve liberar R$ 10 milhões para contratação de carros-pipas e cestas básicas.
Reservatórios do Estado estão praticamente secos.
O de Mirorós, na margem do rio Verde, está com apenas 9% de sua capacidade. A barragem deveria garantir água para 350 mil habitantes do norte da Bahia.
A seca compromete a agricultura do semiárido. O secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, afirma que praticamente toda a safra de milho e feijão está perdida.
Duas adutoras estão em construção para tentar levar mais água do São Francisco para as barragens. Mas as obras, fundamentais para 750 mil pessoas, só devem ficar prontas no fim do ano.
Enquanto a água não chega, Exército, municípios e Estado abastecem os flagelados com carros-pipas.
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