Docentes de todo o país protestam por aumento do piso salarial
Professores realizam ato público na Praça da Piedade, em Salvador (BA) Franklin de Freitas/AE
A greve de professores da rede estadual da Bahia deixou 1,2 milhão de alunos sem aulas desde ontem, quarta-feira (14). A paralisação deve seguir até sexta-feira (16).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, todos os professores e servidores do Estado aderiram à greve. Ao todo, são 140 mil alunos matriculados na rede municipal e 1,5 milhão na rede estadual de ensino.
A assessoria de imprensa da secretaria de educação, no entanto, não confirmou os números do sindicato, mas afirmou que a maioria dos professores aderiram ao movimento.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, está o aumento do piso salarial, que atualmente é de R$ 1.187,98. No final de fevereiro, o MEC (Ministério da Educação) definiu o valor de R$ 1.451 para o piso nacional.
Na manhã desta quarta-feira, professores e funcionários da rede pública se uniram em um protesto na praça da Piedade, em Salvador.
Greve nacional
Professores de quase todo o País se organizam para fazer uma greve geral nos próximos três dias. A paralisação deve mobilizar professores das redes estaduais e municipais de 25 Estados e do Distrito Federal. Ainda não há, no entanto, um balanço nacional da manifestação.
De acordo com os sindicatos que aderiram ao movimento, o objetivo é protestar contra os governos que ainda não cumprem a lei nacional do piso do magistério, além de defender o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação.
O movimento deve seguir até sexta-feira (16), mas somente os professores de 18 Estados (Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, São Paulo, Roraima, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins) pretendem parar as aulas durante os três dias.
A paralisação nacional já vinha sendo anunciada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) desde o início de fevereiro e a decisão foi reforçada mesmo com o anúncio do novo piso de R$ 1.451, feito pelo MEC (Ministério da Educação) no dia 27 de fevereiro.
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A última paralisação nacional de professores ocorreu em agosto de 2011, quando os 11 Estados se mobilizaram pelos mesmos motivos que induziram a greve deste ano.
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