Professores alegam que o material possui conteúdo racista e sexista, além de ser inadequado pedagogicamente
Fonte: Terra
Cerca de 100 coordenadores pedagógicos e professores da rede municipal de educação de Salvador (BA) fizeram um ato na manhã desta quinta-feira chamado de Dia da Devolução. A ação consistiu em devolver, na frente Secretaria de Educação, todos os kits do programa Alfa e Beto. O projeto foi contratado pela prefeitura por R$ 12,3 milhões.
Os professores alegam que o material possui conteúdo racista e sexista, além de ser inadequado pedagogicamente. "Existe neste material textos preconceituosos, que mostram que o belo é a pessoa da cor branca, que a mulher tem de ser submissa, que menino não deve usar a cor rosa. Isso é um retrocesso para essa cidade que luta tanto por espaço", afirmou a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) , Jacilene Nascimento.
De acordo com o secretário de educação, João Carlos Bacelar, que foi recebido pela categoria com vaias, a utilização do material é optativa e os professores podem escolher se vão adotar ou não os livros. "O programa Alfa e Beto já atendeu a mais de 700 municípios e em todas as 426 escolas serão realizadas atividades para a inserção desse material, além de transformarmos 12 escolas polos para a realização da formação dos educadores. O objetivo da implantação é estabelecer uma política municipal para alfabetização e elevação do nível de desempenho acadêmico dos alunos das séries iniciais do ensino fundamental", ressaltou Bacelar.
Ao ser questionado sobre a acusação do material conter conteúdos racistas o secretário falou: "Uma professora propôs que fosse substituída a palavra saci pererê por menino afrodescendente portador de necessidade especial. A sociedade que julgue", concluiu.
Fonte: Todos pela Educação
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