terça-feira, 21 de maio de 2013

ALUNOS BENEFICIADOS PELO BOLSA FAMÍLIA NO NORTE E NORDESTE TÊM APROVAÇÃO MAIOR QUE MÉDIA BRASILEIRA


Foto: Elza Fiúza/ABr


COSTA DO SAUÍPE (BA) – Estudantes beneficiados pelo programa governamental Bolsa Família nas regiões Norte e Nordeste têm rendimento melhor do que a média brasileira no ensino médio. A taxa de aprovação desses alunos é 82,3% no Norte e 82,7% no Nordeste, enquanto a taxa brasileira é 75,2%.

Os números são do cruzamento de dados de 2011 do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) apresentados nesta quinta-feira (16) pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, no 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

“Os mais pobres tiveram um desempenho melhor do que a média”, constata Tereza Campello. “Não só conseguimos garantir que essas crianças não saiam mais da escola, mas conseguimos garantir que elas consigam ir melhor na escola”. Ela atribui o rendimento ao fato de que os estudantes beneficiados pelo programa não podem ter uma taxa de frequência inferior a 85%. Para os demais alunos, a taxa é 75%. “Além disso, esses estudantes são superestimulados, as famílias entendem que é um ganho muito grande”, diz a ministra.

No Brasil, esses estudantes também se destacam. A taxa de abandono escolar brasileira no ensino médio era 10,8% em 2011, mas entre os alunos beneficiados pelo Bolsa Família, a taxa foi 7,1%. A taxa de aprovação entre os beneficiados foi 79,9% em comparação à taxa nacional de 75,2%.

No ensino fundamental, estudantes beneficiados do Norte e Nordeste tiveram taxa de rendimento um pouco inferior à taxa nacional. No Norte, a taxa de aprovação dos beneficiados foi 84,4% em 2011 e 82% no Norte, em comparação à taxa nacional de 86,3%. No Brasil, a taxa geral de aprovação dos beneficiados foi 83,9%. O abandono nacional nessa etapa do ensino foi 3,2%. Entre os beneficiados, também foi inferior, 2,9%.

A ministra também apresentou dados que mostram a maior presença dos 20% mais pobres no sistema de ensino. Em 2001, 17,3% desses jovens com 16 anos tinham ensino fundamental completo. O número passou para 42,7% em 2011. No Brasil, em 2001 eram 43,8% e em 2011, 62,6%.

Entre os 20% mais pobres, os jovens de 15 a 17 anos na escola passaram de 71,1% dessa população em 2001 para 81,1%. No Brasil, a porcentagem passou de 81% para 83,7%. Já entre os 20% mais pobres de 15 a 17 anos no ensino médio, ou seja, com a idade adequada a essa etapa de ensino, a taxa passou de 13,6% para 35,9% em comparação à variação nacional de 37,4% para 51,7%. “Houve uma melhora no fluxo escolar e são os mais pobres que estão puxando esses indicadores para cima”, constata Tereza.







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