Docentes reivindicam reajuste automático dos salários de toda a categoria em 22,22%
Os professores da rede estadual de ensino decidiram continuar a greve, que já dura 21 dias. Em assembleia realizada ontem, pela manhã, na Assembleia Legislativa, eles optaram por manter o movimento, reivindicando o reajuste automático dos salários de toda a categoria em 22,22%.
Cerca de um milhão de alunos estão sem aulas. Segundo Marilene Betros, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA), os professores também realizaram um Ato Público pelo 7º Dia da aprovação do Projeto de Lei que determina o aumento de 3% para a categoria em 2013 e 4% até 2014. As atividades não param e hoje, quinta-feira, dia 03, o Sindicato promove, a partir das 9h, na Praça da Piedade, uma Feira de Hortifrutigranjeiros.
“O objetivo é facilitar a compra desses produtos por parte dos professores, que tiveram salários e o crédito da Cesta do Povo cortados”, explica Marilene Betros. A diretoria da APLB garante que a ocupação da Assembleia Legislativa será mantida e que, na próxima segunda-feira (07), a categoria realizará uma nova assembleia no local. “Até lá, continuaremos promovendo reuniões e mantendo a sociedade informada sobre o movimento”, garantiu. Aulas públicas – Ontem à tarde também foi realizada reunião das zonais, na Assembleia Legislativa. Além disso, os professores decidiram ministrar aulas públicas diariamente na própria Assembleia Legislativa.
A ocupação, iniciada em 18 de abril, continua. Segundo denúncias de professores, o corte de salários decidido pelo governo, atingiu aposentados, pensionistas, licenciados e trabalhadores do Reda. A próxima assembleia da categoria será na segunda-feira, 7 de maio, às 9 horas, na Assembleia Legislativa.
Segundo o presidente da APLB, Ruy Oliveira, a ocupação da Assembleia Legislativa vai ser mantida. As principais reivindicações da greve dos professores são duas. A primeira diz respeito a não aprovação do Projeto de Lei, proposto pelo Executivo Estadual um dia após o início da greve. O projeto prevê o aumento no salário dos professores de nível médio (ou não licenciados) de R$ 1.451 para R$ 1.679,70.
“O problema é que a nova remuneração exclui outras verbas remuneratórias ou reajustes que venham a ser concedidos pelo Piso Nacional do Magistério aos professores licenciados, havendo assim, o congelamento do salário desses professores”, afirma Eduardo Rocha, professor de matemática da rede estadual.
A outra reivindicação é que o governo cumpra um acordo assinado em novembro de 2011, que previa reajustes salariais de acordo com o piso nacional. O acordo definiu um reajuste de 22,2% no piso atual. O problema é que o governo do estado estabeleceu que o reajuste seja repassado até abril de 2013. A categoria quer que o pagamento seja imediato.
“O reajuste precisa ser imediato, e o projeto de lei não pode ser aprovado. Esses salários serão nivelados por baixo e todas as vantagens serão cortadas”, comenta Rui Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
Fonte: Todos pela Educação
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