Mais de 12 mil estudantes das turmas do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec), da rede estadual, voltaram às aulas nesta segunda-feira (14). O programa, que está presente em 362 localidades de 133 municípios baianos, garante o atendimento de adolescentes, jovens e adultos que residem e trabalham em localidades distantes ou de difícil acesso às escolas de Ensino Médio. A abertura do ano letivo nessa modalidade de ensino, em Salvador, contou com a participação do secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, da diretora de Educação Básica, Célia Tanajura, e da coordenadora do programa, Letícia Machado.
De acordo com o secretário Osvaldo Barreto, o programa vem atender a um compromisso do governo com a educação e a ampliação de oportunidades na Educação de Jovens e Adultos. "Devido ao tamanho do Estado, temos dificuldade de ofertar o ensino médio nas áreas mais remotas e investimos neste programa visando suprir esta carência. Acredito que, no futuro, o EMITec fará uma grande diferença na educação baiana".
Além de garantir o acesso dos estudantes que vivem no campo ao ensino médio, o programa funciona como uma ferramenta de inclusão. Ele abre espaço para que os estudantes tenham acesso às tecnologias e também dá condições para que eles deem continuidade aos estudos. "O objetivo maior é a conclusão no Ensino Médio, mas o programa funciona, também, como um caminho para a inclusão, já que possibilita que estes estudantes fiquem mais próximos de tudo o que é contemporâneo. Além disso, fica mais fácil dar prosseguimento aos estudos em um curso superior a distância", ressalta a coordenadora Letícia Machado.
No EMITec, as aulas funcionam de forma semelhante ao ensino médio regular. A diferença é que são ministradas em Salvador, em estúdios similares ao utilizado em TV. Conectados com o estúdio, o aluno interage com o professor especialista, que é posicionado diante de uma câmera, nas respectivas salas de aula, com transmissão de imagem, voz e dados. "O mediador é o professor responsável por passar a frequência, manter a disciplina na sala de aula, passar atividade e organizá-los em grupo", explica Letícia Machado.
Corpo docente - Atualmente, o programa conta com 35 professores, que estão sendo preparados para usar melhor os recursos tecnológicos em sala de aula. "Na escola presencial costuma ser difícil fazer com que o aluno fale mais, divida ideias e dúvidas. No nosso programa, tudo é planejado para estimular que os estudantes falem mais", informa Letícia Machado. Os professores são divididos por áreas de conhecimento.
Ou seja, os estudantes não têm um professor específico por disciplina.
Os estudantes têm 200 dias letivos e, assim como no ensino médio convencional, é necessário que os estudantes tenham frequência mínima de 75%. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, nos três turnos.
Os conteúdos do EMITec são veiculados por meio de uma moderna plataforma de telecomunicações, através de solução tecnológica desenvolvida especialmente para o programa, que inclui possibilidades de videoconferência e acesso simultâneo à comunicação interativa entre usuários empregando IP (Internet Protocol), por satélite.
Motivação – Os estudantes que participam do programa se mostram entusiasmados com a chance de continuar os estudos no ensino médio. "Acho que o ensino na escola avançou muito com essa tecnologia. Na sala de aula, a gente tem os computadores e os mediadores que ficam para tirar as nossas dúvidas. Isso ajuda muito a aprender. Tudo melhorou muito e ficou muito mais motivante", declara Romário Lima, 15 anos, estudante do 1º ano do Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho, em Irará.
"É bem interessante a metodologia do programa, pois as aulas fazem com que os alunos fiquem mais atentos e quem ficar distraído, perde muito do que o professor está falando. O aprendizado ficou muito mais facilitado e os mediadores ajudam quando aparece alguma dúvida", reforça Milene Alves, 20 anos, do 2º ano da mesma escola.
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