terça-feira, 3 de julho de 2012

O QUE REPRESENTA O 2 DE JULHO PARA A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL?







Mesmo após D.Pedro ter eternizado o grito do Ypiranga “Independência ou Morte” em 7 de setembro de 1822, a Bahia continuava sob o domínio da coroa portuguesa. Com a insatisfação do povo baiano, inicia-se o movimento libertário em Santo Amaro e em Cachoeira que era a cidade mais importante da região e até hoje seu parque arquitetônico guarda acervo considerável sobre este período da história. Antes que D. Pedro proclamasse o "grito do Ypiranga", a guerra pela independência do Brasil na Bahia já estava iniciada desde 25 de junho de 1822 na Vila de Nossa Senhora do Rosário da Cachoeira, hoje cidade de Cachoeira, sob o comando do coronel de milícias Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque de Ávila Pereira, posteriormente nomeado Visconde de Pirajá, que comandava as operações de guerra mesmo sem uma estrutura militar. 

Em julho de 1822 o coronel Joaquim Pires reuniu todo o armamento e tropa (formada por milicias e voluntários) que comandava no quartel do Engenho Novo de Pirajá e entregou ao comando do general francês Pedro Labatut enviado pelo governo do principe D.Pedro, que veio para organizar o exército e enfrentar as forças portuguêsas que eram comandadas por Madeira de Melo. Ao organizar seu exército Labatut constatou que o mesmo era composto por “brancos pobres, negros libertos, escravos enviados por seus senhores, voluntários” e ressaltou em documento encaminhado ao Ministro José Bonifácio que “nenhum filho de proprietário rico constava como voluntário”. 

Hoje a rua de maior movimento de comércio chama-se 8 de novembro. Por que esta data? A batalha começou na madrugada do dia 8 de novembro de 1822, quando 250 soldados portugueses que desembarcaram em Itacaranha atacando a área do Engenho do Cabrito, enquanto um outro grupo avançava por terra até Pirajá. A batalha durou 8 horas com um total de 4.000 homens e revelando-se na mais alta demonstração de resistência brasileira ao longo da luta pela independência. 

A vitória desta batalha guarda uma dúvida até hoje não esclarecida, pois atribui a uma falha do “Corneteiro Lopes” que não se sabe se intencionalmente ou não trocou o toque da corneta. A versão deve-se a Ladislau dos Santos Titara, encarregado de registrar em livros toda a correspondência do General Labatut, onde ele consta que o cabo-corneta Luís Lopes salvou o exército brasileiro com o toque de “avançar a cavallaria, e sucessivamente à degola”, ao contrário do toque de retirada que lhe havia sido ordenado pelo tenente-coronel Barros Falcão. É importante ressaltar que embora seja homenageado todos os anos, o general Labatut não participou da Batalha de Pirajá.




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