O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, acredita que o país tem motivos para comemorar os resultados do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) de 2011. Ressalta, no entanto, que é necessário avançar em todas as etapas, principalmente no ensino médio.
Com relação a essa etapa do ensino, em que os dados do Ideb apontam quadro de estabilidade, Mercadante diz que as ações devem passar pela ampliação das escolas de tempo integral e pela reformulação do currículo. “Precisamos de um novo currículo, mais flexível, menos fragmentado, tirando um pouco dessa sobrecarga de disciplinas”, afirmou o ministro, no programa de rádio Hora da Educação, nesta sexta-feira, 17. O ensino médio da rede pública tem hoje 13 disciplinas obrigatórias, mas pode chegar a 19, com as opcionais.
Segundo Mercadante, o novo currículo do ensino médio deve ser organizado com base nas quatro áreas de conhecimento cobradas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. “Em quatro anos, metade das vagas nas universidades federais será preenchida por alunos de escolas públicas”, previu. “Essa chance nunca foi possível antes no Brasil.”
Ainda de acordo com o ministro, haverá pressão por resultados no Enem, “que vai ser o elemento estruturante do ensino médio”.
As novas diretrizes do ensino médio, homologadas em janeiro deste ano, estabelecem que o MEC encaminhe ao Conselho Nacional de Educação (CNE) uma proposta de novo currículo. O projeto será apresentado em consonância com o Plano Nacional de Educação, que prevê o direito de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes do ensino médio. Já está em andamento o estudo que permitirá o aprofundamento e o detalhamento dessa proposta curricular.
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