Regulamentação proposta pelo CNE abrange a formação de professores, a discussão curricular e das identidades em comunidades
“A história da África e a contribuição da comunidade afrodescendente representam a maior demanda que nós temos de formação continuada de professores”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na abertura do 2º Seminário Nacional de Educação Escolar Quilombola. O encontro reuniu representantes das comunidades quilombolas, gestores educacionais, secretarias de educação e aconteceu nesta quinta e sexta-feira, 6 e 7, no Ministério da Educação, em Brasília.
O seminário discutiu as diretrizes para educação escolar quilombola definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e sua implementação, com a participação de representantes do MEC e de comunidades quilombolas. Também foram realizadas palestras e apresentação de experiências em escolas localizadas nessas comunidades.
A regulamentação proposta pelo CNE abrange a formação de professores, a discussão curricular e das identidades em comunidades quilombolas. O desenvolvimento de um plano de implementação das diretrizes curriculares é um dos objetivos do seminário.
De acordo com o ministro, os quilombos tiveram um papel importante ao não se curvar à escravidão, além de construir comunidades que preservaram a memória da luta pela emancipação.
“As diretrizes quilombolas não são apenas para as comunidades quilombolas; elas têm que estar presentes no conjunto das salas de aula do Brasil”, disse Mercadante.
Para a diretora de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Macaé Maria Evaristo, as diretrizes mostram como devem se estruturar essas escolas. “Devemos pensar a questão da aprendizagem, do desenvolvimento e do ensino e de garantir no currículo escolar toda memória, tradição, história de luta e resistência pela terra dessas comunidades”, afirmou.
No âmbito do MEC, serão discutidas políticas mais específicas direcionadas à formação de professores, à garantia da infraestrutura da escola quilombola, do material didático utilizado nessas escolas e que levem em consideração a história e a tradição das comunidades.
Fonte: Todos pela Educação
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