quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mercadante quer dar bônus para escola que alfabetizar aluno de até 8 anos

Em entrevista, Ministro da Educação também fala sobre mudanças para tornar o Enem mais seguro



Para Mercadante, ensino médio é o maior nó - Beto Barata/AE
Beto Barata/AE  Para Mercadante, ensino médio é o maior nó


Há menos de duas semanas no cargo de ministro da Educação, Aloizio Mercadante chegou à conclusão de que a escola não está “interessante”. Isso explicaria parte do fato de 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estarem fora da escola, segundo dados divulgados no início da semana pela ONG Todos pela Educação. Em entrevista ao Estado, o ministro anunciou que discute o pagamento de bônus para as escolas que alfabetizarem todos os alunos até 8 anos. Essa seria sua prioridade na pasta.


Para evitar que a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sob seu comando não se transforme em nova crise, Mercadante disse que trabalha para aumentar o banco de questões da prova, atualmente com cerca de 6 mil questões - um décimo do mantido nos EUA. Para ele, ainda há risco logístico na prova. A seguir, a entrevista:


O sr. assumiu o cargo anunciando a distribuição de tablets para professores do ensino médio. Mas como pretende cumprir o compromisso assumido pela presidente Dilma Rousseff na campanha de erradicar o analfabetismo? Quase 10% dos jovens e adultos não sabem ler nem escrever um bilhete simples.

A leitura, a redação e as primeiras contas são um direito civilizatório. É um objetivo que estamos perseguindo já há algum tempo e tardiamente, porque o País está muito atrasado no processo educacional. Nossa prioridade vai ser alfabetizar na idade certa, ou seja, reverter essa tendência do analfabetismo funcional.

É muito mais inteligente resolver na idade certa que fazer programa de recuperação depois. E muitas dessas crianças, que vão seguindo sem ler ou escrever, vão abandonar a escola. Estamos concluindo um programa amplo, focando dos 6 aos 8 anos. Precisamos de um programa que motive as prefeituras para colocar os melhores professores nas salas de aulas, que haja bônus nesse processo para o desempenho da escola e um processo de monitoramento, com avaliação pedagógica.


Como vai ser o bônus?

Bônus para as escolas que atinjam os resultados. É um tema que estamos amadurecendo. Se a escola consegue todas as crianças alfabetizadas na idade certa, temos de valorizar essa conquista. Tem de ser um grande esforço nacional.


E o que fazer com o estoque de analfabetos jovens e adultos que diminui lentamente, quase imune aos gastos do Programa Brasil Alfabetizado?

Também é muito importante que a criança frequente a pré-escola. E estamos com um problema. O governo antecipa o pagamento para as prefeituras, mas as creches estão demorando de dois anos a dois anos e meio para ficarem prontas. E o tempo das crianças é agora. Estamos acelerando uma pesquisa sobre novos meios construtivos, estrutura pré-moldadas, abrir opção para os prefeitos, com custo competitivo, fazer algum tipo de pregão eletrônico de serviços de engenharia. Se a gente resolver a entrada, com um programa pedagógico forte, não carregaremos essa herança que carregamos hoje.


Resta o jovem adulto analfabeto nas grandes metrópoles. Vai dar para tirar do papel a meta de erradicar o analfabetismo?

Temos de ser realistas: eleger prioridades e saber o que é uma herança muito antiga. É muito mais fácil construir um programa de alfabetização em parceria com indústria que no interior. A presidente tem uma forma de ver a questão das metas que eu compartilho. Ela diz que sempre precisamos estabelecer metas como quem lida com arco e flecha: mira um pouco mais acima para acertar o alvo. A meta assumida pelo governo em Dacar é chegarmos a 2015 com 6,7% de jovens e adultos analfabetos - temos 9,6%.



O Plano Nacional de Educação prevê a prova nacional de docentes. Isso vai esperar a votação do projeto no Congresso?

Vamos fazer neste ano, acho que a ideia está bem amadurecida. Pretendemos que essa prova ajude a motivar professores para trabalhar em municípios de baixo desempenho na educação e em áreas de risco. Seria uma oportunidade para atrair bons professores para essas áreas. É isso que vai mudar a qualidade da educação.


O sr. mudou o eixo do programa de inclusão digital nas escolas ao anunciar a distribuição de tablets para professores do ensino médio. O programa de distribuição de laptops a alunos foi abandonado, como sugere o estudo encomendado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)?

O Brasil é o terceiro país onde mais se vende computadores. Para a parcela da população mais pobre, a única opção de acesso verdadeiro é a escola. Não queremos um apartheid digital, como tivemos um apartheid educacional no passado. Tanto há uma demanda por inclusão digital que as lan houses da periferias estão entupidas de jovens, que entram nas redes sociais sem usar todo o potencial dos computadores. É indispensável que a escola se modernize. O arranjo social da escola e o quadro negro são do século 18, os professores, do século 20 e os alunos, do século 21. Nós, que somos do século 20, somos imigrantes digitais, viemos de uma cultura analógica. A reflexão internacional demonstra que o computador na escola deve começar pelo professor.

O ensino médio é o maior nó em termos de evasão escolar. Não dá para o Brasil se acomodar com uma manchete que diz que 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora da escola. E estão fora da pré-escola e do ensino médio. De um lado, porque não alfabetizou plenamente. O aluno perde a motivação e a capacidade de acompanhar, porque a escola não está interessante e porque o mundo do trabalho está aquecido.

E como podemos reagir de forma rápida? Dando tablet para o professor e conteúdo para ele preparar as aulas.


Uma questão mais urgente: como o sr. pretende blindar a próxima edição do Enem de mais uma crise?

O Brasil precisa ter convicção de que nenhum país desenvolvido deixa de usar instrumento semelhante ao Enem. Os Estados Unidos têm há 85 anos um exame nacional. A China tem um exame que o aluno pode fazer uma única vez na vida. Alemanha, Itália, França e Grã-Bretanha têm prova uma vez por ano. O Enem é critério de meritocracia num Estado republicano, especialmente entre os mais pobres. Houve aprimoramento ao longo desses anos, como a superação de grandes desafios logísticos de uma prova para 5,4 milhões de alunos. O Brasil não tem culpa de ser tão grande. E há riscos na logística.



Mas como evitar mais uma edição problemática?

Precisamos de um banco com um volume grande de questões. Nos EUA, há mais de 100 mil questões. Eles podem fazer sete vezes por ano, porque seleciona na hora as questões. Quando tivermos banco amplo, o risco acabará. É tanta questão a que você teria de ter acesso que o único caminho é estudar. A segunda questão são as redações. Precisamos aprimorar o critério de correção, para que tenhamos mais segurança na avaliação, pois sempre há componente subjetivo. Essas são as duas frentes mais importantes em que estamos trabalhando.





Fonte: Estadão

Enem e o desastre do Ensino Médio brasileiro

O Enem mostra que os brasileiros concluem a escola com deficiências básicas, diminuindo a chance de competir com jovens do resto do mundo


Foto: Estudantes fazendo a prova do Enem na Fatec
Foto: Evelson de Freitas         Estudantes fazendo a prova do Enem na Fatec

Quando o prêmio Nobel de Física Richard Feynman (1918-1988) esteve no Brasil, nos anos 50, ficou assombrado com o que viu. Ao tomar contato com estudantes às vésperas do vestibular, espantaram-no tanto o pendor local pela decoreba de fórmulas como a completa ignorância sobre seu significado. Anos mais tarde, registraria em seus escritos aquilo que entendeu como um paradoxo brasileiro: entre os estudantes do mundo inteiro, os jovens que conheceu nos trópicos eram os que mais se debruçavam sobre a física e os que menos sabiam sobre a matéria.

À medida que o Ensino Médio foi se expandindo no país - em seis décadas, o porcentual de jovens matriculados passou de 3% para os atuais 51% -, a desvantagem escolar observada por Feynman só se agravou. As aulas são rasas, desinteressantes, incapazes de preparar os estudantes do século XXI para disputar espaço em um mercado de trabalho global, no qual a capacidade de inovar é cada vez mais valiosa. Alerta o sociólogo Simon Schwartzman: "Se não começar a desatar os nós do Ensino Médio, o Brasil vai ficar para trás".

O recém-divulgado Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prova aplicada pelo Ministério da Educação a 3,2 milhões de estudantes do país inteiro, dá a dimensão exata do abismo a vencer. É um espanto. Dos 23 900 colégios públicos e particulares submetidos ao teste, não mais que 1 500 - ou 6% da amostra - têm nível semelhante ao das escolas de países da OCDE (organização que reúne os mais ricos).

O Enem trata de desmistificar uma ilusão que muitos pais cultivam ao matricular seus filhos em uma instituição privada - a de que eles ganharão um passaporte para o sucesso na vida adulta. Pois mesmo muitas das escolas que têm renome, prédios vistosos e mensalidades altas não resistem à comparação com suas congêneres estrangeiras: 80% oferecem na sala de aula qualidade equivalente à das escolas apenas medianas do mundo desenvolvido. Pasmem: na faixa dos 15 anos, estudantes demonstram dificuldade de resolver operações simples de matemática, como frações e porcentagens, e de compreender textos curtos.

Várias razões explicam o cenário de terra devastada - a começar pelo despreparo dos professores. A maioria deles desembarca na sala de aula sem nenhuma estratégia para despertar o interesse de jovens inseridos em um mundo no qual o saber enciclopédico deixou de fazer sentido diante da internet. Na verdade, as deficiências de nossos mestres começam no nível mais básico. Os egressos das faculdades de pedagogia e das licenciaturas sabem pouco, ou nada, de didática, já que 80% do que aprenderam foram teorias obsoletas permeadas de bordões ideológicos.

Às vésperas de formar-se pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Liliane Maria dos Santos, de 27 anos, dá o retrato acabado desse equívoco: "Eu e meus colegas não estamos preparados para enfrentar a vida real na escola". Sobre o Ensino Médio pesa ainda um déficit de 40 000 professores, principalmente de matemática, química e física, segundo o MEC. São vagas preenchidas com gente de outras especialidades ou que nem mesmo chegou à faculdade. A escassez de cérebros para o ensino atinge escolas públicas e particulares. "É raridade encontrar um professor realmente bom", diz o diretor Adilson Garcia, do Colégio Vértice, em São Paulo, o terceiro colocado no ranking nacional do Enem (veja o quadro na pág. 96).

O Ensino Médio brasileiro se apoia em uma equação que não tem como dar certo: em nenhum outro lugar do mundo se despeja tanto conteúdo na lousa em tão pouco tempo. No afã de suprir todas as demandas do vestibular e agora as do Enem - hoje passaporte de entrada para 167 universidades públicas e mais de 500 particulares -, o currículo só cresce, amontoando temas que mobilizam apenas os estudantes brasileiros. Para se ter uma ideia, o número de tópicos apresentados ao aluno nas aulas de matemática chega a ser dez vezes o que aprende um típico estudante de Singapura (com o detalhe de que nós estamos na rabeira e eles, no topo).

A velha cultura corporativista também tem sua parcela no inchaço do currículo. Ele vai inflando à medida que grupos com interesses próprios lutam pela inclusão de mais e mais disciplinas. Ocorreu recentemente com filosofia e sociologia, hoje obrigatórias, e periga se repetir com esperanto e linguagem de sinais, que figuram entre os oitenta projetos do gênero que aguardam votação no Congresso Nacional. "O Ensino Médio é um verdadeiro massacre de matérias dadas de forma muito superficial", diz a estudante carioca Julia Pimentel, de 16 anos.

Espreme-se tudo isso em uma jornada escolar de quatro horas - quando não menos. Pesquisadores que acompanharam o dia a dia de dezoito escolas públicas durante quase um ano chegaram a uma conclusão estarrecedora: mesmo entre as melhores, o tempo líquido em sala de aula não passava de duas horas e treze minutos, contados no relógio. O desperdício se deve ao absenteísmo dos mestres, às greves e à indisciplina - esta um mal também muito disseminado em colégios particulares, que, em geral, não sabem lidar com o problema. "Ver alunos e professores concentrados na sala de aula é coisa rara", resume Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco e coordenadora do estudo, feito em parceria com o Ibope. Para efeito de comparação, nos países de melhor ensino os jovens passam, em média, seis horas na escola, às vezes até oito.

Os problemas do Ensino Médio começam a ser gestados bem antes, no nível fundamental. "Os alunos brasileiros acumulam deficiências tão graves que, ao chegar à etapa seguinte, ficam boiando na aula", diz a doutora em Educação Maria Inês Fini. A metade dos 3,6 milhões que chegam a essa etapa acaba debandando dos bancos escolares antes do fim do ciclo - um funil que não condiz com uma economia que demanda cada vez mais gente bem formada.

O fracasso do Ensino Médio torna necessária uma reflexão sobre o modelo brasileiro - único no mundo. Enquanto em países da OCDE os jovens podem escolher entre uma gama de escolas e disciplinas, no Brasil o sistema é igual para todos, maçante e enciclopédico, à revelia das diferenças de interesses e expectativas de cada um. Não custa trazer à realidade brasileira as palavras do filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592), que se preocupava com o ensino nas escolas de seu tempo. No período final da Renascença, ele dizia: "Uma cabeça benfeita vale mais do que uma cabeça cheia".



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

POLICIAL MATA CÃO INDEFESO NA FRENTE DE UMA CRIANÇA EM CAPIM GROSSO-BA!

Pode não parecer, mas esta é uma questão de educação!



Na manhã de hoje, um policial militar denominado "Silva" estava caminhando, e apenas porque o cachorro latiu, deu-lhe um tiro na frente da garota. sua dona, num ato de crueldade, de violência, frente a um inocente, que mal nenhum poderia oferecer a alguém.
MANDEM EMAIL PARA: radio@contornofm.com.br
TEXTO COMO EXEMPLO:
Prezados Senhores:

Cabe registrar o meu REPÚDIO para o ato de violência praticado contra um cão, DÓCIL, nesta cidade, por um policial de codinome Silva. A pseudo alegação de "legítima defesa" é rasa e não se sustenta ante a docilidade do animal. Nada justifica a utilização de arma de fogo, com o firme propósito de MATAR, para conter o latido de um cão.

O DL 24.645/34 em seu primeiro parágrafo cita que "O ESTADO É O TUTOR DE TODOS OS ANIMAIS EXISTENTES NO PAÍS" e a PM, como Instituição do ESTADO, tem o DEVER de protegê-los e não a COVARDIA de matá-los.

Espero que a Sociedade de Capim Grosso não compactue com esse ato abusivo e exija do Poder Público, a punição devida para o Agressor, com base no Artigo 32 da Lei 9605/98 (Crimes Ambientais).

Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Atenciosamente,
SEU NOME








Não vamos deixar uma coisa bárbara como essa axontecer em nossa região!

Vamos protestar, pois isso é uma questão de educação!



Obrigada,



Claudia Fernandes.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Novo piso nacional para professores é de R$ 1.451

 

Segundo o Ministério da Educação, aumento é de 22,22% em relação a 2011 


O MEC (Ministério da Educação) divulgou, nesta segunda-feira, o novo piso salarial para professores de escolas públicas do país. O valor é de R$ 1.451, que representa um aumento de 22,22% em relação a 2011.

Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) no mesmo período.

A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado.

Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, como ocorre com outras carreiras.

Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação.


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março com o objetivo de cobrar o cumprimento da Lei do Piso.

Fonte: R7

Começam as aulas na Bahia com mais 15 novas escolas em funcionamento

 

 
Foto: Manu Dias/SECOM
 
A entrega da nova sede do Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos à população do Bairro da Paz, em Salvador, nesta segunda-feira (27), marcou a inauguração de 15 escolas na Bahia, sendo oito em comunidades indígenas, três na zona rural, uma em comunidade quilombola e três na área urbana. O investimento na construção das escolas foi de R$ 16 milhões, com recursos da Secretaria Estadual da Educação (SEC).

O novo prédio do Mestre Paulo dos Anjos, composto de dois pavimentos, conta com 12 salas de aula, biblioteca, refeitório, laboratório de ciências e de informática, sala do grêmio, de educação física, área administrativa, quadra poliesportiva e três jardins. No ano passado, o colégio atendeu 1.555 alunos da comunidade, que possui uma população de aproximadamente 85 mil pessoas.

Mesmo funcionando em um espaço improvisado, o Mestre Paulo dos Anjos obteve em 2009 a média de 3,6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referente ao ensino fundamental da 5ª à 8ª série. Em 2007, a média foi de 2,8. Com esse resultado, a unidade registrou o desempenho de 3,1, ultrapassando a meta de 3,0 para toda a Bahia. O colégio também obteve crescimento na taxa de aprovação, passando de 0,67 para 0,81.

“Quero parabenizar a diretora, os professores e os funcionários que por muito tempo trabalharam sem as condições ideais neste colégio. No ano passado, ele já atingiu o índice do Ideb que era previsto para 2013 e espero que com estas novas condições possa dar mais alegria a estas crianças”, afirmou o governador Jaques Wagner.

Para a diretora Elísia Mélia, a expectativa é que o Ideb do colégio continue subindo, agora que possui uma estrutura adequada. “O espaço é muito amplo, a escola é arejada, os alunos estão amando. É uma comunidade carente, mas com pessoas muito responsáveis e comprometidas. Temos laboratório de informática, de ciências, sala de leitura, e contamos com todos os projetos da SEC”.

Os alunos aprovaram o novo colégio. Davi Maciel, 15 anos, está fazendo a 8ª série e ainda não sabe a profissão que quer seguir. “Mas vou estudar para descobrir. Aqui tem quadra nova, tem laboratório”. Elaine da Silva, 13 anos, disse que “aqui fica melhor para estudar. A escola ajuda a gente a chegar onde quer”.



Inclusão

Segundo o secretário da Educação, Osvaldo Barreto, o Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos é um exemplo de superação. “Ele funcionava em um prédio em péssimas condições e mesmo assim obteve o crescimento de quase um ponto no Ideb, em relação ao índice obtido em 2007”.

Barreto afirmou que a maior parte das escolas construídas atende uma população que não tinha acesso à educação básica, como comunidades indígenas e quilombolas. “Temos como foco a inclusão de pessoas que estavam fora do sistema educacional. Estamos dando uma atenção especial para a construção de escolas no campo, já que a Bahia é o estado com maior população rural do Brasil, em termos absolutos”.


Ouça mais:







Secretaria divulga o resultado do Reda nesta terça-feira





A Secretaria da Educação do Estado da Bahia divulga, nesta terça-feira (28/2), o resultado final da seleção para 3.302 vagas através do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). O resultado estará disponível no Diário Oficial do Estado, no site da Consultec e no Portal da Educação. O processo seletivo contou com 105.419 inscritos. São 2.209 vagas para assistente administrativo e 1.093 vagas para professor, sendo a maior parte na área de exatas.
As vagas são para todo o estado e a convocação deve ocorrer ainda no mês de março. A contratação é por dois anos, podendo ser renovada por igual período. Só serão convocados professores para atuar em municípios onde não houve aprovados no último concurso, realizado em janeiro do ano passado, do qual a Secretaria da Educação já convocou 3.500 professores, ultrapassando o total de 3.200 previsto no edital.





Começam as aulas na Bahia com mais 15 novas escolas em funcionamento


Após carnaval, greves de professores ameaçam parar aulas no País

Rondônia já tem paralisação, Rio de Janeiro começa nesta quarta-feira e 44 sindicatos farão ato nos dias 14, 15 e 16 de março




Após um primeiro mês letivo tumultuado pelo feriado de carnaval, discussões sobre a jornada de trabalho dos professores em São Paulo e fechamento das escolas por causa da greve de policiais na Bahia, as redes públicas de todo o Brasil podem ficar sem aulas nos próximos dias. Professores prometem – e em alguns casos já iniciaram – greves pelo cumprimento da lei do piso nacional da categoria.

Na rede estadual de Rondônia, a paralisação já começou na quinta-feira, logo após o carnaval. No Rio de Janeiro, a categoria fará uma paralisação na próxima terça-feira, 28, com ato em frente à Assembleia. Nos dias 14, 15 e 16 de março, outros 42 sindicatos de docentes, incluindo todos os estaduais, se unirão a estes em greve de três dias.

A paralisação já estava marcada com duas reivindicações. A primeira é pressionar pelopagamento do piso nacional que até 2011 era de R$ 1.187 e, em 2012, deve ser reajustado para R$ 1.430.

A segunda é a campanha para que o Plano Nacional de Educação para a década 2011-2020 preveja 10% do PIB para a área e não 8% como o atual projeto no Senado. Uma terceira demanda da greve surgiu às vésperas do carnaval e revoltou os professores.



Governadores querem reduzir reajuste

Os governadores Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais, Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, Cid Gomes (PSB), do Ceará, e Jaques Wagner (PT), da Bahia, pressionam o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT) para votar um recurso que muda a forma como o piso para professor é reajustado.

Pela lei, a variação é baseada no aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o que deve representar 21% este ano. Os governadores querem que seja pela inflação, que ficaria em 6%.

Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) isso modificaria o objetivo da lei do piso, que era valorizar o profissional. Para a entidade, repor a inflação, não ajudará a equiparar a remuneração dos docentes a dos demais profissionais com ensino superior – razão da criação da lei.




Ano passado, 16 Estados tiveram greve

Em 2011, além da paralisação unificada pelo piso, que durou apenas um dia, 16 Estados fizeram greve. As aulas foram interrompidas por períodos que variaram de 8 dias, na Bahia, a 113 dias, em Minas Gerais. Por conta disso, oito unidades da federação tiveram as férias escolares adiadas. Outras não chegaram a ter os 200 dias letivos mínimos anuais previstos em lei.



São Paulo

No caso de São Paulo, já está marcada uma votação no dia 16 de março, após a paralisação conjunta, para decidir se o sindicato (Apeoesp) apoia a continuidade da greve. Em 2011, a categoria deu uma “trégua” no ano passado para que o novo secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, começasse a trabalhar, porém agora está descontente com o resultado.

O principal problema foi uma mudança na carga horária dos professores, que motivou uma briga judicial ainda não encerrada. Pela lei, todo professor deve ter ao menos um terço de sua carga horária remunerada (33%) reservada para trabalho extraclasse, como a formação e o preparo de aulas.

Até o ano passado, São Paulo previa apenas 17%, mas o governo anunciou a revogação de uma lei que fez o tempo obrigatório do professor aumentar apenas derrubando uma lei anterior que igualava aulas de 50 minutos a uma hora. Com os 10 minutos que sobravam em cada aula e apenas uma aula a menos por semana em uma carga horária de 40 horas semanais, o porcentual subiu para 33%.

A manobra revoltou o sindicato que está em campanha nas regionais para reverter a medida. “Se precisar, vamos para a greve”, disse a presidente da entidade, Maria Isabel Noronha.




Fonte: Todos pela Educação

Estudantes do Estado ganham camisa para aulas de educação física















Este ano, além das duas camisas oficiais, os estudantes da rede estadual vão ganhar mais uma para as aulas de educação física, inclusive os alunos da noite. Segundo a vice-diretora do Raphael Serravalle, que fica no fim de linha da Pituba, Marinilse Carneiro, apenas neste colégio mais de 2.800 alunos serão contemplados.

A medida, que pretende garantir que todos os estudantes tenham condições de cumprir o regulamento, agradou a aluna Fabiana Assis, 11 anos, 5ª série, que prometeu cuidar bem da nova camisa. “Gostei muito, ela é muito bonita. Vou cuidar também das outras duas camisas e dos livros que ganhei”.

A farda é obrigatória para o acesso à escola. Alisson de Almeida Pereira, 11 anos, também da 5ª série do Raphael Serravalle, recebeu a camisa. A médica cardiologista Vânia de Almeida, 31 anos, mãe do estudante, explicou que a medida representou uma economia no seu orçamento. “Se eu fosse comprar, me custaria entre R$ 25 e R$ 30, além de outras despesas”.

A dona de casa Maricília Carvalho, 36 anos, vê a atitude como um facilitador para os pais. “É bom que é algo que já não teremos que nos preocupar. No ano passado, como eu não sabia que ganharíamos, acabei comprando, para que meu filho não fosse sem farda para a escola. Agora está bem melhor”.


Ouça mais:








Pronatec: inscrições prorrogadas até o dia 02 de março




 

Estão abertas, desde o dia 02 de fevereiro, as inscrições para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - MEC/FDE (Pronatec). Podem participar estudantes de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio Regular da rede estadual de ensino. Para se cadastrar, clique aqui. O aluno deverá ter em mãos o número de CPF do próprio. O prazo, que terminaria no dia 22 de fevereiro, foi prorrogado até o dia 02 de março.

O Pronatec é um conjunto de ações que visam a ampliar a oferta de vagas na Educação Profissional. O programa visa expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores; contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional; e ampliar as oportunidades educacionais por meio do incremento da formação profissional.

A oferta de vagas acontecerá em cursos de educação profissional técnica de nível Ensino Médio no contraturno, de forma concomitante. As oportunidades são para a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Sistema S (SENAI/SENAC). A carga horária mínima é de 800h.




 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Candidato não convocado para o Prouni tem até hoje, 24, para aderir à lista de espera



Os candidatos que não foram pré-selecionados nas duas chamadas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e aqueles pré-selecionados em cursos sem formação de turma podem integrar a lista de espera. Eles têm prazo até sexta-feira, 24, para fazer o cadastramento.

A lista será usada pelas instituições particulares de ensino superior participantes do ProUni para destinar as bolsas de estudos ainda disponíveis depois das duas chamadas já feitas pelo programa.

Podem integrar a lista de espera, com base na primeira opção de curso, os candidatos:
  • Que não foram pré-selecionados nas duas chamadas regulares
  • Que foram pré-selecionados com base na segunda opção, mas insistem na primeira

Podem integrar a lista de espera, com base na segunda opção de curso, os candidatos:
  • Que foram pré-selecionados com base na primeira opção, mas não foram contemplados porque não houve formação de turma
  • Que não foram pré-selecionados nas chamadas regulares em nenhuma das duas opções de curso e, no caso da primeira opção, não ter ocorrido formação de turma

Ao fim do prazo de cadastramento na lista, serão feitas duas convocações. A primeira, a partir de segunda-feira, 27, com prazo para apresentação de documentos e matrícula de terça-feira, 28, até 2 de março. A segunda, a partir de 9 de março, com prazo para apresentação de documentos e matrícula de 12 a 15 de março.

A manifestação de interesse em integrar a lista deve ser feita na página do ProUni na internet.





Fonte: Portal MEC

Uneb divulga novas datas de matrícula das segunda e terceira chamadas



A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) divulgou novo calendário de matrícula do Vestibular 2012.

A convocação dos candidatos aprovados em segunda chamada será divulgada no dia 27 deste mês e a matrícula foi transferida para 5 e 6 de março.

Os aprovados em terceira chamada serão convocados no dia 9 de março e o período de matrícula foi adiado para 16 do mesmo mês.

Ficam mantidas as demais cláusulas do edital de matrícula nº 015/2012, publicado na edição do dia 1° deste mês, na página 30 do Diário Oficial do Estado.




quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

MEC investe R$ 25 milhões no Pacto com Municípios na Bahia





A Secretaria da Educação do Estado da Bahia e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), firmaram na semana passada convênio, no valor de R$ 25 milhões, para o Pacto com Municípios, um dos compromissos do programa Todos pela Escola, que tem como meta alfabetizar todas as crianças da rede pública até os oito anos de idade. O documento foi assinado pelo secretário Osvaldo Barreto e o superintendente José Carlos de Freitas.

O secretário enfatiza o apoio do MEC ao Pacto, ressaltando que essa parceria - Governo da Bahia, ministério e prefeituras - “visa assegurar a educação para as crianças na base de sua formação”. Segundo Barreto, “as pesquisas educacionais apontam que a alfabetização, com letramento, das crianças até oito anos é decisiva para diminuir o abandono, a evasão e aumentar a aprovação e o interesse pelos estudos”.

Implantado em 2011, o Pacto com Municípios inicia o ano letivo de 2012 com a adesão de mais 112 prefeituras, totalizando 329 municípios participantes. Este ano, a meta é atender mais de 345 mil estudantes com a metodologia de Alfabetização com Letramento e Alfabetização Matemática em 11.770 escolas públicas.

Para garantir a efetiva aplicação da metodologia de alfabetização, o coordenador do Pacto com Municípios, Clovis Caribé, informa que a Secretaria da Educação assume a responsabilidade “de capacitação dos formadores e dos professores alfabetizadores, e também o monitoramento e avaliação durante o processo, o que permite acompanhar o desempenho dos estudantes e fazer intervenções pedagógicas para ajudá-los a superar dificuldades no percurso educativo”.


Livros

Todos os livros e materiais didáticos para os estudantes e professores até o momento foram distribuídos pela Secretaria da Educação, que, este ano, junto com o Ministério da Educação, distribuirá também 36 mil kits de livros de literatura infantil (cada kit com 12 livros) para formação dos Cantinhos de Leitura em cada sala de aula. Segundo Caribé, o objetivo é “estimular o prazer da leitura e fortalecer o processo de alfabetização das crianças”.

Os recursos do Ministério da Educação serão aplicados também na produção de livros didáticos (português e matemática) para estudantes em processo de alfabetização das escolas dos municípios que aderiram ao Pacto com Municípios. Além disso, inclui ainda todo o material de apoio ao professor em sala de aula, como cartazes, kit escolar e o livro do professor.


Participação

Nas avaliações dos professores, o Pacto com Municípios vem fortalecer a educação municipal. Em Amargosa, a formadora municipal do Pacto, Joseane Santos, afirma que o projeto “é bem direcionado, enfatiza a prática do dia a dia, a minúcia da alfabetização e não só a teoria. “Com certeza, terá um grande impacto na educação baiana, porque os professores estão abraçando a causa”.

Em Porto Seguro, a coordenadora municipal do Pacto, Aleny Sousa, acredita que “o processo de formação e o acompanhamento das turmas de alfabetização são fundamentais para garantir aos estudantes a alfabetização na idade certa.” Além disso, em sua opinião, “o Pacto se apresenta ainda como uma oportunidade para identificarmos e formarmos os profissionais alfabetizadores, além da garantia de um trabalho sistematizado do Estado com o município”.



Números

2011 2012
Municípios 217 329
Escolas 7.244 11.770
Coordenadores 217 329
Formadores 480 733
Professores 11.904 18.790
Estudantes 129.568 345.086


Ouça aqui:




Fonte: AGECOM - Bahia

Tecnologia a serviço da inclusão de deficientes visuais na escola

inst benjamin constant 291x218 Tecnologia a serviço da inclusão de deficientes visuais na escola


Segundo dados do Censo Escolar 2008/2009, feito pelo Inep/MEC, mais de 55 mil alunos têm deficiência visual no país. Desse total, 51.311 são os chamados estudantes com baixa visão e 4.604 são cegos. Para estudar, seja na escola regular ou na escola especial, eles contam com um grande aliado: a informática. São softwares desenvolvidos justamente para atender à realidade desse público, o que facilita e muito o aprendizado e a inclusão desses alunos. Para José Francisco Souza, técnico em assuntos educacionais do Instituto Benjamin Constant (IBC) – referência no país em educação de deficientes visuais -, o acesso a esses programas é fundamental para que a pessoa possa interagir melhor com a sociedade e o mundo que a cerca: “Tenho 60 anos e na época em que fui alfabetizado, não tínhamos esses recursos. Hoje as coisas estão mais fáceis. Porém, essa facilidade não pode fazer com que a gente se acomode. É preciso continuar indo além, testar nossos limites, nos superar.”

A informática adaptada para o deficiente visual tem três tipos de programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto. Os leitores, como o próprio nome sugere, lêem tudo o que está na tela do computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail, MSN, etc. Por isso, são ideais para os cegos totais. Os ampliadores são bons para os chamados baixa visão. Como o programa amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes, facilita a leitura de quem tem a patologia da baixa visão, ou seja, não é totalmente cego. Já os digitalizadores transformam textos em sons. “Todos são muito bons mas cada um atende a uma realidade específica. E um complementa o outro. Por isso, é comum usarmos mais de um programa. Eu por exemplo, gosto muito do DOSVOX e do NVDA.”

Os dois programas citados por Francisco são free, ou seja, podem ser baixados gratuitamente pela internet. O DOSVOX, inclusive, foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ).

Outros muito bons citados por ele são o JAWS e o Virtual Vision, mas têm o inconveniente de serem pagos. São todos leitores. Na linha de ampliadores, existem o Magic e o ZoomText, também pagos. Já o Openbook é um digitalizador de texto.

Em Salvador, Adriana Garcia Rocha, de 39 anos, conhece bem esses programas. Aos 20 anos perdeu a visão e nem por isso parou de estudar. Procurou o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e deu prosseguimento à sua formação. Hoje é professora de História, com pós em Cultura Afro-Brasileira. “O DOSVOX e o JAWS foram fundamentais para o acompanhamento dos conteúdos em sala de aula. Não sei o que seria da minha vida sem o acesso à informática que tive e tenho a partir desses softwares. Conquistamos mais autonomia e independência com eles.”




Política pública

O Ministério da Educação desenvolve, em parceria com os Estados, Municípios e o Distrito Federal, o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com deficiência visual. Essas ações têm como objetivo a promoção da acessibilidade aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Dessa forma, o MEC disponibiliza materiais didáticos e pedagógicos, equipamentos, mobiliários e laptops para comporem as Salas de Recursos Multifuncionais com o objetivo de apoiar a organização da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar à escolarização nas escolas da rede pública e laptops aos alunos com cegueira matriculados no fim do ensino fundamental, no ensino médio, na EJA e na Educação Profissional, como recurso de acessibilidade ao livro e à leitura. Os laptops destinados aos alunos com cegueira são disponibilizados justamente com o sistema DosVox e se destinam ao uso individual em sala de aula e demais atividades educacionais, podendo ser utilizados em domicílio, mediante assinatura de termo de responsabilidade, conforme critério estabelecido pela direção da escola.




Fonte: Globo Educação

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Bom Recesso!



O recesso de carnaval nas escolas da rede estadual começou ontem, 15, e se estende até a Quarta-feira (22).

No dia 23/02, as atividades serão retomadas.

Aproveite o recesso para se divertir, se gosta de carnaval, ou para recarregar as baterias, descansando, se não gosta.

Bom recesso e até a próxima quinta!!



Claudia Fernandes e toda a Direc-28.




Pesquisa conclui que desigualdade no acesso é o principal problema educacional brasileiro

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As desigualdades no acesso e na permanência na escola são alguns dos problemas educacionais mais graves do País e devem ser combatidos com políticas específicas para cada região. Esse é o principal diagnóstico do relatório De olho nas metas 2011, divulgado pelo Movimento Todos pela Educação na última semana, com a intenção de subsidiar ações concretas para a qualificação do ensino no Brasil.

A publicação anual, que está em sua quarta edição, tem a missão de acompanhar os indicadores educacionais do País, no que tange o “atendimento escolar à população de 4 a 17 anos, alfabetização, desempenho dos alunos no ensino fundamental e médio, conclusão dos estudos e financiamento da educação básica”. O De olho nas metas 2011 articula informações sobre o desenvolvimento dos estudantes; dados sobre o acesso à escola, retirados do Censo Demográfico 2010; e reflexões de especialistas.

Entre as conclusões do relatório destaca-se o fato de que as diferenças no cenário educacional começam nas matrículas. Enquanto na região Sudeste, 92,7% das crianças, entre 4 e 17 anos, estão matrículadas na escola, na Norte o porcentual cai para 87,8%. “Temos ainda mais de 3 milhões de crianças fora da escola. E onde elas estão? Nas regiões afastadas e rurais”, avalia a coordenadora do Todos pela Educação, Andrea Bergamaschi.

Em análise feita para o relatório, o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, Tufi Machado Soares, levanta a possibilidade de que os quadros de miséria estejam intimamente relacionados à dificuldade de obtenção de índices de conclusão do ensino fundamental. “Pode-se conjecturar que situações sociais de alta vulnerabilidade, como a miséria extrema, a existência de populações sujeitas a migrações constantes e populações isoladas, sejam alguns dos fatores para esta dificuldade. Mas é preciso um estudo mais cuidadoso, cruzando diferentes bases de dados para um diagnóstico mais preciso”, elocubra.

O relatório mostra que o processo de desigualdade segue até a conclusão do ensino médio. Na região Sul, 60,5% dos jovens terminam os estudos com até 19 anos – idade considerada ideal para essa etapa; no Norte, os jovens nessa situação não passam de 36,6%; no Sudeste são 59,7%; no Nordeste somam 37,1%; e no Centro Oeste ficam na faixa de 49,5%. “A desigualdade se estende a todo o ciclo escolar”, avalia Bergamaschi.

Para Soares, o término tardio do ensino fundamental pode acarretar a descontinuidade dos estudos. “A universalização do acesso ao ensino médio depende também da regularização do fluxo no ensino fundamental. Ou seja, é preciso que o aluno termine o ensino fundamental, preferencialmente na idade correta. Alunos que terminam esta fase já em uma idade mais avançada, 17 anos, por exemplo, podem ter dificuldades de continuar seus estudos”, explica.

Para ele, o atraso escolar é o maior entrave ao avanço educacional. “Ele [o atraso escolar] implica mais custos para a administração pública, níveis de aprendizado inadequados para todos os alunos e, claro, obstáculos para que as taxas finais de escolarização atinjam valores mais elevados do que aqueles projetados”, conclui.

Andrea Bergamaschi, Todos pela Educação, os resultados da pesquisa possibilitarão um olhar mais acurado sobre as diferenças de cada região do País. “Tendo esse diagnóstico, vamos trabalhar de forma a incentivar a elaboração de políticas públicas, customizadas conforme as características, necessidades e carências de cada região”, conta. Ela acredita que a educação no Brasil pode dar um salto qualitativo se as diretrizes governamentais passarem a considerar os diferentes cenários. “São as ações específicas e direcionadas que podem mudar essa realidade”, diz.


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O relatório trabalha com cinco metas – estabelecidas pelo Movimento Todos pela Educação – que o país deveria atingir até 2022 para melhorar a qualidade do ensino. São elas: Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; Todo aluno com conhecimento adequado à sua série; Todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos; e Investimento em educação ampliado e bem gerido.

“Cabe ao Todos Pela Educação, como movimento da sociedade civil, criar redes de diálogo entre os atores da Educação – gestores, educadores, alunos, famílias, comunidade escolar –, para que as metas do Plano Nacional de Educação – PNE vindouro sejam acompanhadas e cumpridas na íntegra. Este relatório é orientador e um convite à mobilização de todos”, explica o presidente do Conselho de Governança do Todos Pela Educação, Jorge Gerdau Johannpeter.

Ficou interessado em conhecer outros pontos abordados pelo relatório De olho nas metas 2011? Baixe aqui o o conteúdo integral do documento: de_olho_nas_metas_2011_tpe


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Todos pela Educação: movimento da sociedade civil, fundado em 2006, com a missão de contribuir para a garantia do direito de todas as crianças e jovens à educação básica de qualidade no Brasil.

Plano Nacional de Educação – PNE: documento que apresenta as principais diretrizes e metas para a melhoria da qualidade da educação no país, na próxima década (2011-2020). Ele determina estratégias específicas para a concretização destas metas e apresenta formas de a sociedade monitorar e cobrar cada uma das conquistas previstas. Dentre as vinte metas traçadas pelo PNE, pode-se destacar a erradicação do analfabetismo, a superação das desigualdades, a melhoria da qualidade do ensino e a valorização dos profissionais da Educação.



Secretaria oferece Educação Integral a alunos de mais de mil escolas estaduais



A Secretaria da Educação do Estado da Bahia ampliou, este ano, em 70% a oferta da Educação Integral, passando de 398 unidades escolares em 2011, para mais de mil escolas da rede pública. Isso significa que mais estudantes do estado terão a oportunidade de permanecer na escola, em outro turno, participando de oficinas de letramento e de matemática, prática de atividades científicas, esportivas, recreativas e culturais e cursos da educação profissional.

A participação na Educação Integral é voluntária e os estudantes que passam os dois períodos na escola têm direito a três refeições diárias, incluindo o almoço. “Eu adoro ficar aqui, principalmente, porque leio muitos livros, revistas, jornais e escuto músicas também. O meu vocabulário já melhorou muito”, diz Loane Costa Lago, também estudante da 8ª série do Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães, em Salvador.

Para a diretora do Colégio ACM, Célia Santana, a Educação Integral representa um avanço na vida dos estudantes. “É visível. O nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) aumentou e a escola é participante assídua das manifestações culturais na cidade, principalmente quando relacionadas à literatura, inclusive envolvendo as bibliotecas públicas”.

As atividades da Educação Integral desenvolvidas nas escolas estaduais baianas são proporcionadas pelos programas do Ministério da Educação (MEC) Mais Educação, voltado para o ensino fundamental, Ensino Médio Inovador, que beneficia estudantes do semiárido, e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece educação profissional a pessoas de diferentes perfis, desde estudantes de ensino fundamental e médio a trabalhadores e beneficiários de programas federais de transferência de renda.

A dona de casa Luziana Santos, mãe do estudante do ensino médio Edmundo Carlos Santos Júnior, no Colégio Estadual Edvaldo Brandão, no bairro Cajazeiras, na capital baiana, comemora o fato de o filho passar o dia inteiro na escola. “O bom é que ele mesmo chegava em casa dizendo que foi ótimo ter ido para tirar todas as dúvidas, principalmente, de matemática”, conta, referindo-se ao acompanhamento pedagógico dispensado aos estudantes nas oficinas do Programa Mais Educação.




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Matrículas abertas para quinta etapa do Topa

 




A Secretaria da Educação do Estado começou a matricular para a quinta etapa do programa Todos pela Alfabetização (Topa). Os interessados em aprender a ler e a escrever devem procurar a secretaria de Educação do seu município ou a Diretoria Regional de Educação (Direc) até o dia 20 de março. O início das aulas está previsto para o mês de abril.

Para fazer a matrícula, a pessoa deve levar um documento de identificação como carteira de identidade e certidão de nascimento. Nesta etapa, o Topa estará presente em 366 municípios, por meio da parceria da Secretaria com 246 prefeituras e 575 entidades dos movimentos social e sindical. A meta, agora, é matricular mais 300 mil pessoas.

Implantado em 2007 pelo Governo do Estado, o Topa já alfabetizou 913 mil baianos até 2011. O programa trabalha com a alfabetização sob a perspectiva de que este é um direito do cidadão e que não prescreve com a idade.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2010, a Bahia foi o estado do Nordeste que mais reduziu o analfabetismo. “A contribuição do Topa para este avanço é considerada significativa. A perspectiva para 2012 é focar na qualidade do programa que já está consolidado”, ressalta coordenadora estadual do programa, Francisca Elenir Alves.



Ouça aqui:







Fonte: AGECOM - Bahia

Projeto de servidor da Secretaria é premiado pela Fapesb




O servidor Vitor Oliveira Villas Bôas, analista de suporte da Coordenação de Modernização da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, foi premiado com o segundo lugar no Concurso Ideias Inovadoras 2011, na categoria Inventores Independentes, realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) no início de fevereiro. O analista desenvolveu o projeto Vplace – Webconferência Integrada ao Moodle, que permite a realização de conferências em áudio e vídeo.
O prêmio foi resultado de um trabalho de três anos desenvolvido por Vitor Oliveira com base na experiência adquirida na Secretaria da Educação, especialmente com a tecnologia de educação a distância e videoconferências no Instituto Anísio Teixeira (IAT). O servidor está na Secretaria desde 2002.

“Este programa dá condições aos usuários que acessam a plataforma Moodle de transmitir conteúdo em áudio e vídeo, além de poder disponibilizar slides. Algo inédito até agora”, explica Vitor. Ele ainda destaca que, para ter acesso aos conteúdos, não há necessidade de instalação de aplicativos, podendo o usuário assistir até quatro webconferências simultaneamente.

Para Vitor, a premiação “é um reconhecimento de uma ideia, além de um incentivo para continuar sempre trabalhando com tecnologia voltada para a educação”. O analista também acredita “que o prêmio pode abrir portas para financiamentos futuros junto à Fapesp para aperfeiçoamento do projeto ou realização de novos”.

A ideia é que, nos próximos meses, a ferramenta seja disponibilizada, gratuitamente, para a Secretaria da Educação utilizar em videoconferências, permitindo treinamento de professores e reuniões com as Diretorias Regionais de Educação (Direc).




Aulas acontecem normalmente nas escolas da rede estadual de ensino



A Secretaria da Educação do Estado da Bahia informa que as atividades nas escolas da rede estadual estão funcionando normalmente. Os estudantes que deixaram de comparecer às unidades no período da greve da Polícia Militar devem retornar o mais breve possível para não comprometer o aprendizado, alerta a superintendente estadual de Acompanhamento e Avaliação do Sistema Educacional, Eni Bastos. Ela também informa que as escolas farão um novo calendário para compensar os dias sem aula. O recesso de Carnaval só começa a partir da próxima sexta-feira (17) e se estende até a Quarta-feira de Cinzas (22).

No Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, no Bairro da Paz, em Salvador, por exemplo, as aulas transcorreram normalmente. Na unidade, que tem novo prédio, a ser entregue no dia 27 deste mês, os alunos receberam nesta segunda-feira (13) novo fardamento e livros.


Calendário

O cumprimento dos 200 dias letivos está garantido nas unidades. “As próprias escolas vão propor o novo calendário do ano letivo, que deve ser formulado consensualmente entre a Diretoria Regional de Educação, a direção e o colegiado escolar”, afirma a superintendente. “As escolas devem organizar a reposição de aulas aos sábados ainda neste primeiro semestre”. A Lei de Diretrizes e Base (LDB) estabelece que o ano letivo deve ter, pelo menos, 200 dias, e é obrigatório que os estudantes tenham uma frequência mínima de 75%. “Os alunos que não voltaram às aulas estão perdendo o conteúdo ministrado”, diz Eni Bastos.


Ouça aqui:







Fonte: AGECOM - Bahia
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