quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Valorização da carreira do magistério é uma das alternativas para melhorar a educação no Brasil

 

Presidente do movimento Todos pela Educação elencou cinco bandeiras para melhorar o ensino


O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), que baliza a educação mundial, indicou que a média do Brasil subiu 33 pontos entre 2000 e 2009. Entre os 65 países estudados, o país está nos últimos lugares do ranking — 54ª posição e a maioria dos estudantes não passou do primeiro em seis níveis de conhecimento.

O presidente-executivo do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves, destacou que o Brasil melhorou em todos as matérias avaliadas — leitura e português, matemática e ciências — mas que o resultado deve ser comemorado com cautela:

— Esses 33 pontos que o Brasil obteve ao longo da década é um número baixo caso o Brasil mantenha sua meta de, em 2021, chegar aos 473 pontos. Isto significa mais do que dobrar o crescimento desta década. O trabalho pela frente será enorme o Brasil terá de colocar muita energia neste assunto, priorizando a educação.


Confira a entrevista concedida à Rádio Gaúcha:


Neves, que também é membro do Conselho Nacional de Educação, afirmou que a melhora na educação não segue a evolução que o Brasil obtém na economia:

— O Brasil vive hoje um momento ímpar do ponto de vista do desenvolvimento econômico, mas não está conseguindo aproveitar na magnitude que poderia estar aproveitando porque não tem gente qualificada para utilizar-se destas janelas de oportunidade que a economia tem propiciado.

O professor elencou cinco bandeiras que devem ser levantadas para que o Brasil consiga atingir a meta de 473 pontos a serem atingidos em 2021, que foi proposta no Plano de Desenvolvimento da Educação:
  1. Valorizar a carreira do magistério, com salário inicial atraente e um plano de carreira promissora pautada no mérito;
  2. Padronizar o currículo escolar do Brasil, sem engessá-lo e levando leva em conta os valores regionais;
  3. Fazer com que a radiografia das escolas, feita pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), seja levada em consideração;
  4. Aumentar o número de horas a hora de estudo na escola. Se possível, ter escolas de turno integral;
  5. Profissionalizar a gestão, porque, em diversos municípios, a indicação dos gestores dos colégios é política, e não baseada no mérito.

Fonte: Zero Hora

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