quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PRORROGADAS AS INSCRIÇÕES PARA O 6º PRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL




Autores de projetos de práticas pedagógicas criativas e inovadoras nas redes públicas de ensino premiados receberão R$ 7 mil




Foi prorrogado para o dia 10 de novembro o prazo de inscrições para o 6º Prêmio Professores do Brasil, premiação que valoriza práticas pedagógicas criativas e inovadoras nas redes públicas de ensino. Neste ano, a novidade é a criação de uma categoria que contempla projetos com temas específicos, divididos nas seguintes áreas: educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais e ensino médio.

Este novo módulo abrange projetos de educação integral ou integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização nos anos iniciais e educação digital, articulada ao desenvolvimento do currículo.

Premiado em 2011: Com criatividade e tecnologia, docente desperta alunos para exatas

Cada categoria de premiação (temas livres e temas específicos) terá até quatro professores laureados em cada uma das subcategorias, uma por região do Brasil, selecionados por uma comissão julgadora nacional. Os autores dos projetos premiados receberão R$ 7 mil, além de troféus e certificados expedidos pelas instituições parceiras.

O 6º Prêmio Professores do Brasil é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), fundações SM e Volkswagen e Instituto Votorantim.

As inscrições para a premiação podem ser realizadas na página do prêmio na internet .







Fonte: iG

terça-feira, 30 de outubro de 2012

JOVEM ESTUDIOSO E CAMPEÃO DE OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA FOI ASSASSINADO POR COLEGA




Inteligência fez filho de agricultores se destacar na escola e no Ensino Superior


Natural do Ceará, José Leandro Pinheiro nasceu na cidade de Deputado Irapuan Pinheiro, no sertão do estado, a cerca de 250 km de Fortaleza. Filho de agricultores humildes, ele tem cinco irmãos. Ficou na cidade até os 14 anos e, por ser muito inteligente, ganhou uma bolsa de estudos para fazer o Ensino médio numa Escola agrícola em Iguatu, a 50 km de Irapuan. Concluiu o curso aos 17 anos e, aprovado para estudar matemática na Universidade Federal do Ceará, mudou-se para a capital cearense, onde se formou aos 20 anos. Após um curso de 45 dias, foi selecionado para fazer o mestrado em matemática no Impa.

José Leandro, de acordo com o amigo Thiago Dourado, ganhou várias medalhas em olimpíadas de matemática:

- Ele sempre foi pobre, e a inteligência foi a oportunidade que a vida deu a ele. Por isso conseguiu chegar ao Impa.

Em Deputado Irapuan Pinheiro, Elessandra Pinheiro Holanda, tia de José Leandro, disse que o sobrinho sempre foi um rapaz discreto, obediente e dedicado aos estudos.

- Quando a gente perguntava como era a vida dele no Rio, ele falava dos estudos. Nunca houve nada que chamasse a nossa atenção. Ele dizia que convivia bem com os amigos do Rio. Gostava muito da cidade e do instituto (Impa) - lembrou a tia.

- O meu sobrinho era muito compenetrado nos seus objetivos. E estudou sempre em Escola pública.

O último contato de José Leandro com a família ocorreu na última terça-feira. O estudante ligou para o pai, o agricultor Nestor Holanda Pinheiro, para dar notícias e dizer que já comprara a passagem para passar as festas de fim de ano junto com os parentes.

- Ele disse que estava bem e muito animado - contou Elessandra. - Ele nunca deu qualquer sinal de que havia algo errado. E nunca comentou nada sobre esse rapaz (o acusado do crime).



Crime deixa cidade chocada

A família soube da morte de José Leandro ontem de manhã, por meio de um telefonema do Impa à prefeitura de Deputado Irapuan Pinheiro. Segundo Antônio Ícaro Pinheiro Vieira, funcionário que atendeu a ligação, a população local está chocada.


Nestor e Elessandra embarcariam num voo de Fortaleza para o Rio de Janeiro ontem, às 23 h 30 m.








E mais...


Estudante confessa assassinato de colega e diz que sofria de bullying

Bruno Eusébio disse à polícia estar sob efeito de tranquilizantes e álcool 

O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, disse na noite desta sexta-feira (26) que, após 15 horas de depoimento, o estudante Bruno Eusébio dos Santos, de 26 anos, confessou a morte de José Leandro Pinheiro, de 21, com quem dividia quarto em uma república no Horto, Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, o jovem disse que o crime foi motivado por bullying.

O delegado, no entanto, ressalta que o estudante não explicou que tipo de ataque ele sofria. Bruno confessou o crime na presença dos pais, que chegaram nesta sexta ao Rio de Sergipe, onde vivem. Ainda de acordo com a polícia, o estudante contou que estava sob efeito de tranquilizantes, além de ter ingerido refrigerante com vodca. Bruno disse ainda que não se lembra de muitos detalhes do momento do crime.

“Ouvimos os 13 moradores da república e nenhum deles apontou que o jovem sofria bullying, mas todos disseram que ele era muito introspectivo, calado e estudava sempre com fone de ouvido”, disse Rivaldo. Bruno deve ser encaminhado para o presídio de Bangu 2, onde passará por uma triagem que vai definir em qual penitenciária ele vai cumprir plena.

Bruno foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado, já que a vítima não teve chande de deefa por estar domi. O crime varia de 20 a 30 anos de prisão. Os dois estudavam no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa)

Na manhã de quinta-feira (25), Bruno foi encontrado desacordado na cozinha da república, com marcas de sangue. No local do crime, peritos encontraram dois frascos de antidepressivo. Bruno foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul, de onde saiu, já algemado, para a DH, à 1h desta sexta. Ao chegar, se manteve calado e fora de seu estado normal, segundo a polícia.

Na quinta-feira, o delegado Rivaldo Barbosa, responsável pela investigação do caso, pediu a prisão em flagrante de Bruno após ouvir dez testemunhas — sete colegas da vítima, além da zeladora e caseiro da república e um funcionário do Impa. Outro fator determinante para a decisão foi a perícia preliminar dos instrumentos utilizados na morte, uma pedra e uma faca.





Fonte: G1




segunda-feira, 29 de outubro de 2012

GESTORES TROCAM EXPERIÊNCIA SOBRE PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS NAS ESCOLAS





Gestores de 255 colégios da rede estadual de Salvador, da Região Metropolitana e de Feira de Santana se reúnem hoje, segunda-feira (29), das 8 às 17 h, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), na capital baiana, para um encontro de supervisão coletiva do projeto ‘Prevenção do Uso Abusivo de Drogas em Ambientes Escolares do Estado da Bahia’. 

O programa, lançado em julho deste ano, é uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado e da Universidade Federal da Bahia (Ufba), por meio da Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti - serviço de extensão do Departamento de Saúde da Família da Faculdade de Medicina da Bahia. O projeto também integra as ações do Pacto pela Vida.

“Nesse encontro, visamos reunir todos os gestores para que eles possam dialogar entre si, sobre suas experiências e expectativas com o projeto por meio do qual a Secretaria da Educação está dando uma resposta aos anseios das comunidades local e escolar, sobre a prevenção do uso abusivo de drogas”, avalia a coordenadora de Acompanhamento às Escolas da Secretaria Educação do Estado da Bahia, Goia Midley.

Primeira etapa

A coordenadora explica que a primeira etapa do projeto de prevenção do uso abusivo de drogas nas escolas se deu com um curso presencial de formação, realizado em julho, e a segunda fase aconteceu, em seguida, por meio de trabalho virtual. Ainda segundo Goia, a fase inaugural do programa contou com 90% dos gestores da capital e Região Metropolitana de Salvador, além de Feira de Santana. 

Para o professor da Faculdade de Medicina da Ufba e coordenador do projeto, Tarcísio Andrade, o problema do uso de drogas tem que estar dentro da atenção básica em saúde. “Nós precisamos de professores, diretores, orientadores educacionais e dos próprios alunos capacitados para lidar com esta situação. Com este projeto, o Estado faz um avanço fantástico. Eu o considero um dos projetos mais importantes que nós já realizamos na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia”, ressaltou. 

Rede de atenção

A proposta da Secretaria da Educação e da Ufba, responsáveis pelo projeto, é que, em quatro anos, todas as escolas estaduais estejam envolvidas nesta rede de atenção à saúde. No próximo ano, a iniciativa deverá envolver as escolas dos 22 municípios que integram o programa Pacto pela Vida, do Governo do Estado, visando diminuir a violência, além das 15 escolas âncoras de Salvador, Região Metropolitana e Feira de Santana - já integrantes do projeto. 

Ao final dos dois primeiros anos de atividades, 914 unidades escolares deverão ter passado a contar com um núcleo de apoio em situações de risco e no combate ao uso de drogas, que prestará, dentro da escola, um serviço permanente para lidar com estas questões.


Fonte: SECOM - BA

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PROFESSOR BRASILEIRO GANHA MENOS QUE METADE DO SALÁRIO DOS DOCENTES DOS PAÍSES DA OCDE


Docente do Ensino Fundamental II ganhou, em média, US$ 16,3 mil por ano em 2009. Enquanto isso, na média, um profissional com formação e tempo de experiência equivalentes recebeu US$ 41,7 mil nos países da organização




Um professor brasileiro do fundamental 2 (6º a 9º anos) ganhou, em média, US$ 16,3 mil por ano em 2009. Enquanto isso, na média, um profissional com formação e tempo de experiência equivalentes recebeu US$ 41,7 mil nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Se for levada em consideração a situação do professor da rede pública, a comparação fica ainda pior. A média anual é U$ 15,4 mil. Os salários dos docentes brasileiros foram calculados, com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional Amostra de Domicílios) 2010 pela Metas - Avaliação e Proposição de Políticas Sociais a pedido do UOL. Já os dados da OCDE foram divulgados no começo de setembro no relatório anual Education at a Glance ("Olhar sobre a Educação" em tradução livre).

“Salário é o principal [fator de atração para carreira docente]”, afirma o pesquisador Rubens Barbosa de Camargo, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). E os estudos - além da experiência prática - confirmam e reafirmam a importância do professor na qualidade da educação.

“Há muitos licenciados [profissionais com licenciatura que podem dar aulas] que deixam a profissão. Melhorando o salário, não só atrai a juventude como pode trazer de volta esses professores”, diz Camargo.

Para a economista Fabiana de Felício, da consultoria Metas - Avaliação e Proposição de Políticas Sociais, a questão que se coloca é: como selecionar bons professores se a profissão não é valorizada. “É uma atividade desgastante e [dar aula é] um compromisso inadiável. Tem de pagar um salário compatível [para que valha a pena ser professor]” , diz Fabiana.

Diferença com outros profissionais
Pelos cálculos da consultoria Metas, o salário médio de um professor da rede pública com curso superior e com, pelo menos, 15 anos de experiência (US$ 15,4 mil) não chega a metade (48,5%) da remuneração dos demais profissionais (US$ 31,7 mil) no Brasil.

No caso dos profissionais do fundamental de modo geral a diferença é um pouco menor. O salário anual médio de um professor da rede pública (US$ 13,1 mil) é 54,7% do médio das demais profissões (US$ 24,4 mil) com a mesma formação e o mesmo tempo de serviço.

Os números são ruins, mas já foram ainda piores. "Com a introdução do Fundef [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério] que depois virou o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], o professor deixou de ter salários acintosos", diz Camargo.

Essa desproporção é comum mesmo nos países ricos da OCDE. Na média, os países da OCDE pagam a seus professores 85% do valor com que remuneram os demais profissionais da etapa equivalente ao fundamental 2.

Na Finlândia, país tido como exemplo pela qualidade da educação, um professor secundário com 15 anos de experiência tem salário praticamente equivalente ao restante da força de trabalho (98%). Dos 30 países com dados disponíveis, apenas quatro têm proporções na casa dos 50%. São eles: Islândia (50%), República Tcheca (53%), Estônia (57%) e Hungria (58%).

Em comparação com os países da OCDE, o Brasil está entre aqueles com menor investimento anual por aluno do grupo, sendo o terceiro que menos investe por aluno no pré-primário (US$ 1,696) e no secundário (US$ 2,235) e o quarto colocado no primário (US$ 2,405).

PNE
Uma das 20 metas do documento original do PNE (Plano Nacional de Educação), elaborado no final de 2010, diz respeito à remuneração dos professores. Segundo o documento a 17ª meta das 20 propostas é “valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente”.

O PNE, que deveria estar em vigor no período de 2011 a 2020, ainda se encontra na Câmara dos Deputados. A disputa que mais tem causado o atraso de sua aprovação é o percentual de investimento em educação. Movimentos em defesa da educação apontam para 10% do PIB (Produto Interno Bruto).

No último capítulo dessa novela, a meta de investimento em educação subiu de 7,5% para 8% do PIB e criou a possibilidade de elevar esse percentual a 10%, caso metade dos recursos do pré-sal, a serem investidos na área, representem 2% do total.

Segundo um relatório elaborado pela Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), o salário dos professores abocanham um valor equivalente a 1,5% do PIB nos dias de hoje. “Com 2% do PIB seria possível alcançar a média dos outros trabalhadores”, avalia Rubens Barbosa de Camargo. Segundo ele, a valorização do magistério passa ainda por melhoria nas condições de trabalho, como infraestrutura de qualidade e diminuição do número de alunos por sala. 






quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A DEMAGOGIA DAS COTAS




"Ao divulgar o decreto e a portaria que regulamentam a Lei de Cotas, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, acabou reconhecendo que a lei dará acesso às universidades públicas a estudantes que não estão preparados para cursá-las", afirma jornal

Ao divulgar o decreto e a portaria que regulamentam a Lei de Cotas, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, acabou reconhecendo que a lei dará acesso às universidades públicas a estudantes que não estão preparados para cursá-las. Aprovada há dois meses pelo Congresso, a Lei de Cotas obriga as universidades e institutos técnicos de nível médio federais a reservarem 50% de vagas para Alunos que tenham feito integralmente o Ensino médio em Escolas públicas.

A lei também estabelece sub-cotas por critérios de renda e de raça. No primeiro caso, metade das vagas reservadas a "cotistas" deverá ser preenchida por estudantes com renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 933). As universidades e institutos técnicos federais poderão exigir cópia da declaração do Imposto de Renda, extratos bancários e até nomear uma comissão encarregada de visitar o domicílio dos candidatos para verificar se vivem em famílias com baixa renda. O decreto cria ainda um Comitê de Acompanhamento das Reservas de Vagas nas Instituições Federais de Educação Superior e de Ensino Técnico, que terá, entre outras, a incumbência de fiscalizar o cumprimento da Lei de Cotas e propor "programas" de apoio" a cotistas.

Já no caso das subcotas raciais não haverá qualquer tipo de controle, bastando aos candidatos declarar se são pretos, pardos ou indígenas. Pelo de¬creto, os candidatos pretos, pardos e indígenas disputarão as mesmas vagas. Caberá, contudo, às universidades federais a prerrogativa de separar as subcotas raciais das cotas para indígenas.

"Fomos o último país a abolir a escravatura nas Américas. A política de ações afirmativas busca corrigir essa dívida histórica. Temos de dar mais oportunidade àqueles que nunca tiveram, que são os pobres", disse o ministro da Educação, depois de anunciar que vem preparando um sistema de tutoria e cursos de nivelamento para cotistas. "Os Alunos terão um tutor que os acompanhará, verá as deficiências, ajudará a reforçar o que é necessário", afirmou. Com isso, ele admitiu os problemas de aproveitamento e desempenho Escolar que a Lei de Cotas introduzirá nas universidades e institutos técnicos federais. É como se reconhecesse que as universidades e institutos técnicos federais passarão a ter dois tipos de Alunos - os de primeira classe, escolhidos pelo princípio do mérito, e os de segunda classe, beneficiados pelo sistema de cotas.

"A experiência demonstra que parte desses Alunos precisa de acompanhamento, especialmente no início do curso. Temos de garantir que saiam em condições. Inclusive, vamos fazer uma política de assistência estudantil, para que os cotistas possam se formar e ter seu diploma", afirmou.

Contudo, mostrando como são tomadas as decisões do governo na área social, o ministro anunciou que o "modelo nacional de nivelamento e tutorias" não deverá estar pronto antes do próximo vestibular, quando o regime de cotas entra em vigor. Portanto, apesar da retórica oficial em favor de políticas afirmativas, o MEC não estava preparado para lidar com os problemas trazidos por uma lei que aumentará significativamente as responsabilidades, a burocracia e os gastos das universidades e institutos técnicos federais com atividades-meio.

A preocupação em agitar a bandeira das cotas às vésperas de uma eleição é tanta que, na mesma entrevista em que reconheceu que o governo ainda não tem um plano de nivelamento e tutoria para cotistas, Mercadante disse que está cogi¬tando de usar o sistema de co¬tas também no programa Ciência sem Fronteiras, que dá bolsas de graduação e pós-graduação no exterior. Mas, segundo ele, essa iniciativa teria de ser precedida do Ensino em massa de inglês e de outras línguas. "Se não tem proficiência em inglês, só posso mandar os alunos para Portugal", afirmou. O ministro alegou que o MEC está preparando o programa Inglês sem Fronteiras. Mas, como se tornou rotineiro na administração petista, ele deverá ser implantado depois do anúncio da extensão do regime de cotas para o Ciência sem Fronteiras.








quarta-feira, 24 de outubro de 2012

OPINIÃO: A ESCOLA HOJE E OS ALUNOS QUE NÃO APRENDEM





"É preciso rever modas como o valor universal do trabalho em grupo, a postura crítica em vez do conteúdo, a profusão de tudo que é social ou extracurricular", afirmam Roberto Leal Lobo e Silva Filho


A Educação brasileira está em crise. Além da recorrente violência Escolar - a imprensa noticia com frequência casos de Alunos armados ou com drogas, além de agressões a Professores-, pais e filhos parecem achar que a Escola não pode contrariar os Alunos ou exigir desempenho.
As próprias famílias não conseguem impor limites aos filhos - às vezes, nem os pais têm limites-, algo que se espraia à sala de aula.
Esse problema, que está se tornando quase epidêmico no Brasil, não é desconhecido em outros países.
O Grupo Folha não autoriza a publicação na íntegra do conteúdo produzido pelo jornal Folha de S.Paulo 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL RECEBE INSCRIÇÕES ATÉ SÁBADO; PREMIAÇÃO É DE R$ 7 MIL





A 6ª edição do Prêmio Professores do Brasil está com inscrições abertas até o dia 27 de outubro, pelo site www.premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br. O concurso seleciona e premia as melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores das escolas públicas, em todas as etapas da educação básica.

Após enviar dos dados pela internet, é preciso imprimir o conteúdo enviado, assinar em todas as páginas e encaminhar via correio para o seguinte endereço:

PRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL - 6a. EDIÇÃO
CAGV - Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça
Rua Ildefonso Simões Lopes, 2791 - Bairro Sanga Funga
Cep: 96060-290- Pelotas - RS - Brasil

O prêmio é dividido em duas categorias:

Categoria Temas Livres:
Educação Infantil;
Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental; e
Ensino Médio.

Categoria Temas Específicos:
Educação Integral e Integrada;
Ciências para os anos iniciais;
Alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamenta, e;
Educação Digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

Os professores selecionados, independentemente da categoria em que concorrem, irão ganhar R$ 7.000, além de troféu e certificado. As escolas nas quais foram desenvolvidas as experiências selecionadas serão premiadas com placa comemorativa. Serão selecionadas no máximo 40 trabalhos.

O prêmio é uma iniciativa do MEC (Ministério da Educação), promovido com a colaboração de instituições parceiras. 

Saiba mais aqui.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

JUVENTUDE DESPERDIÇADA


Em meio à escassez de mão de obra qualificada, contingente de jovens que não estudam nem trabalham aumentou entre 2000 e 2010. Quase 20% estão nessa situação





Ao mesmo tempo em que atinge níveis historicamente baixos de desemprego e sofre com a escassez de mão de obra qualificada em alguns setores, o Brasil “desperdiça” um de cada cinco jovens adultos. Pouco mais de 5,3 milhões de pessoas com idade entre 18 e 25 anos, o equivalente a 19,5% dos brasileiros dessa faixa etária, não estão estudando nem trabalhando e tampouco procurando emprego, segundo dados do Censo 2010. São pessoas que mal entraram na idade produtiva e já são enquadradas como “não economicamente ativas”.

Era de se esperar que, com o crescimento do mercado de trabalho e alguns avanços na Educação, o quadro tivesse melhorado desde o censo anterior, de 2000. Mas ocorreu o oposto. O contingente de jovens que não estudam nem trabalham até aumentou: em 2000 eles eram 4,8 milhões, ou 18,2% do total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Estamos desperdiçando parte de uma geração, que vai demorar muito a encontrar um lugar ‘virtuoso’ no mercado de trabalho”, diz Adalberto Cardoso, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj). “Mais adiante alguns vão voltar a estudar e tentar tirar o atraso, mas então encontrarão novas gerações mais escolarizadas e qualificadas, dificultando sua competição.”

A chamada “geração nem-nem” tem crescido na Europa assolada pela crise. Mas por que existem tantas pessoas nessa situação no Brasil? Há as que estão à toa por que querem, acomodadas com alguma fonte segura e não muito exigente de sustento – os pais, por exemplo. Mas trata-se de uma minoria. Na maior parte dos casos, diz Cardoso, os brasileiros “nem-nem” são pobres e têm baixa escolaridade. E, no caso das mulheres, filhos para cuidar.

“Dois terços desses jovens são mulheres, e metade delas tem filho vivo, nem sempre fruto de casamento. Dos homens, uma pequena parte, perto de 10%, tem deficiência física ou mental grave. Cerca de 70% dessas pessoas vivem em famílias que estão entre as 40% mais pobres, e 50% dos homens e 40% das mulheres não completaram nem o Ensino Fundamental”, enumera o pesquisador.


Aprendizado deficiente

Para Priscila Cruz, diretora-executiva da organização Todos Pela Educação, os problemas começam pelo baixo nível de aprendizado dos estudantes. Avaliações mostram que, em português e matemática, menos de 35% aprendem o mínimo esperado. “O jovem não aprende, repete de ano, e a repetência é o primeiro indício de que ele pode abandonar a escola. E, depois que abandona, tem dificuldade para se inserir no mercado”, explica.

Visto como distante da realidade dos alunos, o currículo do Ensino Básico é outro desestímulo. Há disciplinas em excesso, várias delas abstratas demais para quem mal consegue interpretar um texto, e pouco úteis para quem precisa arrumar logo um emprego. “É preciso oferecer uma opção de Ensino Médio profissionalizante, que deixe o jovem apto a algum serviço já aos 18 ou 19 anos. Nem todos podem esperar pela faculdade”, diz Priscila.

Quem deixa a escola e não arruma trabalho pode acabar recorrendo a bicos ou algo pior, avalia Amilton Moretto, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp. “Se não criarmos condições para que o jovem tenha a expectativa de conseguir um emprego, uma perspectiva de futuro, corremos o risco de perdê-lo para a marginalidade.”


País não aproveita “bônus demográfico”

O Brasil atravessa desde a década de 1960 um período que estudiosos chamam de “bônus demográfico”, em que a população com idade entre 15 e 64 anos aumenta em relação à população total – ou seja, a quantidade de pessoas em idade produtiva cresce mais rápido que o número de crianças, adolescentes e idosos. Assim, há uma certa abundância de mão de obra e, com mais pessoas produzindo, também pode haver mais geração de riqueza.

No entanto, o elevado número de jovens desempregados e fora da escola ou da faculdade mostra que o país não está aproveitando bem esse bônus. E não terá muito tempo para isso: com a queda na taxa de natalidade e o envelhecimento da população, o bônus demográfico deve acabar por volta de 2020, segundo cálculos dos pesquisadores João Basílio Pereima, Fernando Motta Corrêa e Alexandre Porsse, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Por um lado, isso será bom. A oferta de jovens trabalhadores vai diminuir, o que deve elevar os salários e melhorar a distribuição de renda. Aliás, há quem desconfie que a persistência de baixas taxas de desemprego e o aumento dos rendimentos em plena estagnação econômica já seja reflexo de uma estabilização ou mesmo queda na entrada de novos profissionais.

Por outro lado, se não houver um aumento da inovação tecnológica e da produtividade, os custos das empresas tendem a aumentar quando o bônus demográfico acabar – o que pode resultar em coisas como inflação e recessão. Portanto, sem jovens criativos e bem formados, o crescimento econômico do país estará ameaçado.


Políticas

“Se um país aproveita seu bônus demográfico com políticas adequadas, pode emergir ao fim do processo com enormes avanços econômicos e sociais”, afirmam os pesquisadores da UFPR, em artigo publicado no mês passado. O problema, dizem, é que o Brasil tem sido relapso: “As políticas educacionais não estão dando conta de formar pessoas qualificadas na velocidade e quantidade necessárias no nível técnico. E o quadro é mais grave ainda no nível universitário e de pós-graduação.”


Ocupação

Curso de qualificação ajuda jovem a encontrar trabalho

Durou pouco tempo a “folga” de Douglas Maicon Ferla, 19 anos. Dois meses depois de deixar o emprego no almoxarifado de uma fábrica de autopeças, onde o pó vinha agravando sua rinite, ele está de volta ao trabalho e às aulas. Passa o dia todo ocupado: estuda pela manhã e trabalha até à noite.

Enquanto esteve desempregado, ele fez um curso de manipulação de alimentos no Senai. No fim de setembro, conseguiu uma vaga de auxiliar de produção na fábrica de chocolates da Kraft, quase ao mesmo tempo em que começou a frequentar um curso gratuito de mecânica na ONG Rede Esperança. “Estou fazendo o curso por vontade própria”, conta Douglas, que tem Ensino Médio completo. “No futuro quero trabalhar com mecânica industrial, na própria Kraft ou em outra empresa.”

A coordenadora de intermediação de mão de obra da Secretaria Estadual do Trabalho, Angela Carstens, conta que a maioria dos programas públicos voltados ao emprego juvenil contempla a questão da Educação. “O Jovem Aprendiz, por exemplo, passou a exigir que o jovem faça 80 horas de curso técnico para poder ser encaminhado à empresa. Dá mais resultado que encaminhá-lo sem qualificação”, diz. (FJ)Índice piorou no Norte, Nordeste e Sudeste

O crescimento da proporção de jovens brasileiros fora da escola e do mercado de trabalho entre 2000 e 2010 foi puxado pelas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. No Sul e no Centro-Oeste, o índice “nem-nem” diminuiu entre os dois censos.

No Paraná, o número de jovens nessa situação caiu de 235 mil (16,5% da população com 18 a 25 anos) em 2000 para 208 mil (14,5% do total) em 2010. O índice paranaense é o quarto mais baixo do país, mas ainda é o pior da Região Sul – no Rio Grande do Sul a taxa caiu de 13,8% para 13,3% e em Santa Catarina, de 13,9% para 10,7%.


Pobreza

De forma geral, quanto mais pobre é o estado, maior tende a ser a população “nem-nem”. Alagoas e Maranhão, que segundo dados de 2009 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) figuram entre os três estados com a maior proporção de famílias pobres (47,7% e 41,6%, respectivamente), também têm os piores índices “nem-nem” do país (28% e 29,2%). No outro extremo da tabela, Santa Catarina ostenta o mais baixo índice de pobreza (6,4%) e a menor proporção de jovens que não estudam nem trabalham.








quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A história da Matemática apresentada sob um novo prisma



Professora do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IM/UFRJ), Tatiana Roque convida professores e estudantes a empreenderem uma fascinante viagem pelo pensamento matemático no livro “História da Matemática: Uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas”, que acaba de ser publicado pela Editora Zahar. 

Baseada em aspectos culturais, sociais e científicos de cada período histórico analisado, a autora revela que diferentes práticas matemáticas coexistiram desde sempre, dando soluções diversas para problemas semelhantes. 

Doutora pela Coppe/UFRJ, Tatiana Roque — que foi pesquisadora do Collège International de Philosophie, em Paris (2001 a 2007) e é membro do instituto de pesquisa Archives Poincaré, em Nancy, dedicado à história da Matemática — desconstrói a tradicional visão de que a Matemática é universal, sendo matemática grega superior à de outros povos da Antiguidade, como os árabes.

Segundo a professora, especialista em historiografia da Matemática, o trabalho pretende transformar a imagem que muitos têm da disciplina — uma ciência teórica, abstrata, acessível apenas a gênios. 

Primeiro livro de história da Matemática propriamente brasileiro, escrito em linguagem objetiva e com ilustrações, “História da Matemática: Uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas” aborda os sistemas matemáticos desenvolvidos desde a Mesopotâmia até o século XIX – passando pelo Egito antigo, a Grécia clássica, a Idade Média, a chamada Revolução Científica e os debates dos século XVIII. 

Quem assina o prefácio do livro é Gert Schubring, pesquisador da Universidade de Bielefeld (Alemanha), que destaca valor da obra, resultado de uma pesquisa original realizada por Tatiana Roque.

Preocupada com o ensino de Matemática, a professora da UFRJ ressalta, na entrevista, que a disciplina costuma ser rejeitada porque os programas e, portanto, os livros, em geral, não a tratam do modo adequado. Contudo, a educadora se mostra otimista com as recentes iniciativas do governo federal para aprimorar a qualidade das abordagens desta matéria no ensino fundamental. 

A senhora acaba de lançar o livro “História da Matemática: Uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas”. O que a motivou a produzir esse trabalho?

Tatiana Roque - Minha motivação principal foi contribuir para transformar a imagem que as pessoas têm da Matemática, como um saber formal e abstrato, acessível a poucos. A história tradicional ajudou a construir esta visão, mas hoje existem trabalhos históricos que podem ajudar em um outro modo de considerar a Matemática. Em meus cursos de História da Matemática em níveis de graduação, pós-graduação e outros cursos voltados para professores, percebi que não havia bibliografia adequada, pois os livros disponíveis em português, a maioria livros traduzidos de obras estrangeiras, seguem uma visão ultrapassada da história, já desmentida e amplamente criticada pelas pesquisas mais recentes. Como não havia bibliografia para dar os cursos, comecei a escrever as notas de aula, que evoluíram para o livro, a fim de tornar disponível, de modo mais compreensível e didático, as pesquisas atuais, originalmente publicadas em livros ou artigos científicos escritos em outras línguas.

Quais são os mitos e lendas a respeito da Matemática contestados em seu trabalho?

A história da Matemática tradicional é permeada de mitos e lendas que, além de não terem nenhum embasamento histórico, acabam formando uma imagem deturpada de que a Matemática é um saber atemporal e transcendente. Por exemplo, presume-se que os primeiros povos a possuírem uma fórmula para resolver equações do segundo grau foram os babilônios; ou diz-se que a descoberta dos números irracionais por um matemático pitagórico gerou uma crise na Matemática grega, que provocou até um suposto afogamento daquele que propagou a descoberta. Tratam-se de lendas ou aproximações com diversos níveis de interpretação equivocada, como procuro mostrar no livro.

A seu ver, de que forma a Matemática deve ser apresentada a alunos dos cursos de graduação e a estudantes da educação básica?

A Matemática deve ser apresentada como um saber vivo, que se conecta não apenas com problemas concretos, do cotidiano (pois muitas vezes isso não acontece), mas sim com problemas que atravessaram a história da humanidade e a construção de sua identidade.

Em seu livro, a senhora aborda os sistemas matemáticos desenvolvidos desde a Mesopotâmia até o século XIX – passando pelo Egito antigo, a Grécia clássica, a Idade Média, a Revolução Científica e os debates dos século XVIII. Que fontes a senhora utilizou?
Livros e artigos científicos, sobretudo o intenso volume de pesquisa que vem sendo publicada desde os anos 1970, em diversas línguas, e que traduz novas preocupações dos historiadores da Matemática em relação à abordagem historiográfica, em particular à metodologia no tratamento de fontes e evidências históricas. A produção matemática que teve lugar em diversos períodos da história da humanidade, se relaciona de modo muito complexo com as transformações da visão de mundo, e estas conexões devem ser analisadas caso a caso. O que proponho é fazer uma análise que mostre como a Matemática era encarada em cada época e relacionada com o contexto. Procuro mostrar, quando pertinente, os problemas matemáticos propriamente ditos, como um dado histórico. 

Essa abordagem histórica da Matemática integra a grade dos cursos de formação de docentes em Matemática? 

Muitas vezes sim, mas por falta de bibliografia adequada, os cursos acabam por não entrar em detalhes sobre a história, reproduzindo a visão dos livros mais antigos que são os únicos disponíveis em português. 

O seu trabalho, livro de história da Matemática propriamente brasileiro, é inédito no Brasil. Por quê?

É inédito porque torna disponível, com uma apresentação acessível para um público vasto, a pesquisa recente em história da Matemática, que vem se modificando profundamente desde os anos 1970 ou 1980. Até este momento, não havia um profissional historiador da Matemática. Quem fazia história da Matemática era um matemático, ou cientista, sem formação específica. A consequência disso é que não havia tanta preocupação com os documentos, os registros. Reproduziam-se afirmações sem que elas fossem fiéis às evidências sobre uma certa época, que, em muitos casos, são escassas e fragmentadas. Assim, os relatos foram construídos com base em aproximações e interpretações que reproduziam o ponto de vista daquele que estava escrevendo a história. Em tempos mais recentes, a história da Matemática vem se profissionalizando e seus praticantes têm preocupações cada vez maiores com o tratamento historiográfico, com a utilização de métodos usados por historiadores.

Em outros países, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, qual é a relevância e o espaço dado para os estudos sobre “História da Matemática”? No Brasil, qual o panorama das pesquisas acadêmicas nesse setor?

Na Europa e nos Estados Unidos a relevância e o espaço dos estudos de História da Matemática é muito maior que no Brasil. Há diferentes instituições de pesquisa, espaços de formação, além de muitas publicações e periódicos especializados. A pesquisa em História da Matemática feita no Brasil ainda é muito incipiente. Há uma comunidade numerosa trabalhando sobre a Matemática que foi produzida e ensinada no Brasil, em diversos momentos de sua história. Nesta área, há trabalhos importantes e diversos pesquisadores de qualidade, ligados à Sociedade Brasileira de História da Matemática e a diferentes programas de pós-graduação em Ensino ou mesmo História de Matemática. A Revista Brasileira de História da Matemática também tem sido um veículo importante para a consolidação desta comunidade. No entanto, a pesquisa em História da Matemática, relacionada a temas e abordagens que são tratados pela comunidade internacional, está apenas começando. Há poucos artigos de brasileiros nas revistas internacionais mais importantes na área (por exemplo Historia Mathematica e Archive for History of Exact Sciences). Há também pouco diálogo e trabalho conjunto de pesquisadores brasileiros com historiadores estrangeiros ativos na área atualmente. Recentemente, este panorama vem se transformando e espero que meu livro contribua neste processo. 

Como a senhora analisa o ensino de Matemática no Brasil? Por que essa disciplina é tão rejeitada por estudantes?

Acho que a Matemática é vista de um modo equivocado. No ensino básico é tratada, na maioria das vezes, como um saber operacional, puramente técnico. A culpa não é dos professores, pois estes devem seguir os currículos e livros didáticos e não possuem a formação adequada para mudar este quadro. Meu filho tem cinco anos e adora Matemática! Mas quando vejo alguns livros didáticos do 1º ano do ensino fundamental, que ele cursará no ano que vem, fico assustada e com medo de ele perder todo o gosto que possui pela Matemática. Os números e as contas, por exemplo, são apresentados de modo massante, como uma reprodução de procedimentos parecidos, sem nenhuma conexão com as experiências das crianças. A Matemática é rejeitada porque os programas e, portanto, os livros, em geral, não a tratam do modo mais adequado. Nos últimos anos, esta situação vem mudando bastante. Tem havido uma atenção especial dos últimos governos a estes problemas, com projetos de formação de professores que buscam transformar este panorama. Eu contribuí e continuo contribuindo com alguns deles, como o Pró-letramento e o ProfMat. A mudança que estas iniciativas vão ocasionar são lentas, mas já é louvável que o governo federal venha prestando atenção ao problema.

Uma das propostas em voga, até mesmo em função do Enem, é o trabalho de conteúdos curriculares de forma interdisciplinar. De que forma é possível aplicar essa abordagem no ensino de Matemática? O diálogo dos professores de Matemática com o de outras disciplinas é falho? Em quais pontos?

A abordagem interdisciplinar é interessante mas também é feita, muitas vezes, de modo equivocado. Não adianta dar um trabalho que envolve conhecimentos de geografia, por exemplo, se o objetivo matemático, ao final, é fazer uma conta.

Os cursos de licenciatura de Matemática estão na lista daqueles com menor procura. Por que isso acontece? A senhora teme um “apagão” de professores de Matemática?

Neste caso a resposta é simples: os professores não são valorizados e os salários são baixos. Ora, como alguém vai escolher uma área difícil, como a Matemática, com este estímulo? Este problema é mais complexo de ser resolvido, pois depende de políticas locais que são, em geral, mais eleitoreiras.

De que forma as novas tecnologias podem contribuir para tornar o ensino de Matemática mais atrativo?

Podem ajudar muito. Calculadoras, computadores e jogos eletrônicos trazem muitas oportunidades de explorar a Matemática, conectando-a com a realidade das crianças e jovens da atualidade. Além disso, essas ferramentas permitem explorar a Matemática no que ela tem de mais interessante: aquilo que não pode ser reproduzido por máquinas!







quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Convocados 581 candidatos aprovados para cargo de professor do ensino médio e fundamental




O Diário Oficial do Estado(DOE) publicou, nesta quinta-feira (11 de outubro), o edital de convocação de mais 581 candidatos aprovados no último concurso público para o cargo de professor do ensino fundamental e médio da rede estadual. Os profissionais terão carga horária de 20 horas semanais e irão atuar em municípios de 30 Diretorias Regionais de Educação (Direc) no interior do estado. A convocação para provimento das vagas irá obedecer à ordem de classificação por Direc, pólo e disciplina. Esta é a quinta convocação do concurso, realizado em 2010, e que aprovou cinco mil candidatos.



Documentos 

Os convocados têm cinco dias úteis, a partir da publicação do edital no DOE, para se apresentar à sede da Direc a que pertence o município para o qual forem indicados, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30. Todos devem apresentar os documentos listados no edital.

Realizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), sob a coordenação da Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), o concurso foi destinado ao provimento de 3,2 mil vagas para o cargo de Professor Padrão P–Grau 1, mas já convocou 3.733 aprovados.






Fonte: Ascom/SEC

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Decreto que regulamenta Lei de Cotas passa por redação final



Entre as iniciativas previstas para a implementação do sistema de cotas, o governo federal pretende oferecer tutoria, aulas de nivelamento e reforço pedagógico aos estudantes (foto: arquivo MEC)

O decreto que regulamentará a Lei de Cotas, sancionada em 29 de agosto último, será publicado nos próximos dias. O texto passa por fase de redação final na Casa Civil da Presidência da República. 

“Já está tudo pronto”, disse nesta terça-feira, 9, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “Conversei com a presidenta Dilma Rousseff e definimos todos os critérios para ajudar as universidades a se organizarem antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e fazerem os ajustes necessários em seus editais.” 

O decreto estabelecerá basicamente a obrigatoriedade de obediência à lei, aprovada pelo Congresso Nacional. O documento determinará ainda que os dispositivos da Lei de Cotas (Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012) sejam implementados ao longo dos próximos quatro anos. Assim, a partir de 2013, universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia terão de reservar no mínimo 12,5% das vagas ao ingresso de estudantes cotistas. “A lei é clara: é para implantar nos próximos quatro anos”, destacou Mercadante. “Então, temos que implementar já em 2013.”

O ministro lembrou que parte importante das universidades já adota política de cotas. “É uma política de inclusão social”, ressaltou. 

De acordo com Mercadante, o MEC pretende garantir, nos primeiros quatro anos de implementação da lei, que os estudantes cotistas disputem vagas tanto pelo critério de cotas quanto pelo de ampla concorrência, já que as vagas serão oferecidas gradativamente. A partir de quatro anos, a permanência desse modelo ficará a critério de cada instituição de ensino. 

Tutoria — Entre as iniciativas previstas para a implementação do sistema de cotas, o ministro adiantou que o governo federal pretende oferecer tutoria, aulas de nivelamento e reforço pedagógico aos cotistas. Representantes do MEC têm debatido com reitores a definição do melhor modelo. “Estamos colhendo as experiências das universidades para criar um programa nacional do MEC”, disse Mercadante. “É muito importante esse acompanhamento, especialmente para os indígenas e suas diferenças culturais.”




Fonte: Portal MEC

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Hoje é Dia do Professor!


Os professores merecem salários mais justos, pois lidam com a educação de um país


O dia do professor é comemorado em 15 de outubro.


Esse profissional, durante seu período de formação, passa a desenvolver algumas habilidades que o ajudará a lidar com crianças e jovens que estão em fase escolar, como metodologias de trabalho e didática de ensino.

Hoje em dia os professores têm um papel social maior, estão mais envolvidos e engajados no exercício da profissão, pois as metodologias de ensino mudaram muito de uns anos pra cá.

O professor deixou de ser visto como o todo poderoso da sala de aula, o detentor do saber, o dono da razão, e foi reconhecido como o instrumento que proporciona a circulação do conhecimento dentro da sala de aula.

Isso acontece em razão de seu modo de agir, a maneira em que conduz as aulas, pois considera os conhecimentos que os alunos levam consigo, fazendo com que cada um manifeste a sua opinião acerca dos assuntos discutidos.

A criação da data se deu em virtude de D. Pedro I, no ano de 1827, ter decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal 52.682/63.

Os conceitos trabalhados eram diferenciados de acordo com o sexo, sendo que os meninos aprendiam a ler, escrever, as quatro operações matemáticas e noções de geometria. Para as meninas, as disciplinas eram as mesmas, porém no lugar de geometria, entravam as prendas domésticas, como cozinhar, bordar e costurar.

A ideia de fazer do dia um feriado, surgiu em São Paulo, pelo professor Salomão Becker, onde o mesmo propôs uma reunião com toda a equipe da escola em que trabalhava para que fossem discutidos os problemas da profissão, planejamento das aulas, trocas de experiências, etc.

A reunião foi um sucesso e, por este motivo, outras escolas passaram a adotar a data, até que a mesma se tornou de grande importância para a estrutura escolar do país.

Anos depois, a data passou a ser um feriado nacional, dando um dia de descanso a esses profissionais que trabalham de forma dedicada e por amor ao que fazem.

A estrutura da educação no Brasil se divide por faixas etárias. De zero a três anos temos as creches ou berçários; de 3 a 5 anos a fase de educação infantil, de 6 a 10 anos o ensino fundamental I; de 11 a 14 anos o ensino fundamental II; e de 15 a 17 anos o ensino médio. Após a etapa do vestibular e com a aprovação no mesmo, o período de graduação.

Podemos ver que os professores são muito importantes para a vida de todos, pois passam por todo o período escolar, por longos anos. Por isso, deveriam ser mais bem remunerados e ter seu trabalho melhor reconhecido.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Amanhã é feriado. Você sabe por quê?





No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. 

Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.

Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.

Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.

A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por ocasião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem, ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. 

Veja alguns abaixo:



A libertação do escravo Zacarias

O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés, e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por 
libertá-lo.


O cavaleiro ateu

Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos milagres da Basílica Nova.


A cura da menina cega

Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava enxergando, perfeitamente curada.


Baseado no artigo de Márcia Busanello




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

ESTADO CONVOCA 581 PROFESSORES APROVADOS NO CONCURSO DE 2010





O Diário Oficial do Estado (DOE) publica nesta quinta-feira (11) o edital de convocação de 581 candidatos aprovados no último concurso público para o cargo de professor do ensino fundamental e médio da rede estadual de ensino. Os profissionais terão carga horária de 20 horas semanais e irão atuar em municípios de 30 Diretorias Regionais de Educação (Direc’s) lotadas no interior do estado.

A convocação para provimento de vagas irá obedecer à ordem de classificação por Direc, polo e disciplina. Esta é a quinta convocatória do concurso que foi realizado em 2010 e aprovou o total de 5 mil candidatos.

Os convocados têm cinco dias úteis, a partir da publicação do edital no DOE, para se apresentar à sede da Direc a que pertence o município para o qual for aprovado, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30. Todos devem estar munidos dos documentos listados no mesmo edital.

O concurso, realizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UNB), sob a coordenação da Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), foi promovido para o provimento de 3,2 mil vagas para o cargo de Professor Padrão P–Grau 1 e já convocou 3.733 aprovados.







Fonte: SECOM - BA

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CARTÕES COM LOCAIS DE PROVA DO ENEM 2012 COMEÇAM A SER DISTRIBUÍDOS HOJE


O candidato que não receber o cartão de confirmação até o dia 25, e não conseguir imprimir pelo site, deverá entrar em contato com o MEC




Os cartões de confirmação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012, com os locais de prova do exame, serão enviados para os candidatos, via Correios, a partir desta quarta-feira (10). Segundo a assessoria de imprensa do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a consulta do documento pela internet estará disponível a partir do dia 15 deste mês.

O candidato que não receber o cartão de confirmação até o dia 25, e não conseguir imprimir pelo site, deverá entrar em contato com o MEC (Ministério da Educação) pelo telefone 0800-616161.

As provas acontecem nos dias 3 e 4 de novembro. No dia 3 de novembro serão aplicadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias; e no dia 4 de novembro, os candidatos farão as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias; de matemática e suas tecnologias; e de redação. O gabarito tem divulgação prevista para 7 de novembro e os resultados para 28 de dezembro.



Mudanças

A correção da redação do Enem sofrerá mudanças a partir desta edição: a nota mínima que autoriza uma nova avaliação do texto foi reduzida e se criou a figura da banca de avaliadores. Além disso, será possível ver a redação corrigida, porém, sem possibilidade de recurso por parte do estudante.

Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a diferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”.

Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato. 






segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Notas do Enem 2011 serão divulgadas para escolas no dia 19 e para o público em 26 de novembro





MEC corrige Inep e diz que médias por colégios continuarão sendo publicadas


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgará no dia 19 de outubro as médias preliminares das escolas no Enem 2011. Neste ano só serão conhecidos os resultados dos colégios em que pelo menos 50% dos concluintes do ensino médio participaram do exame, desde que este porcentual corresponda a no mínimo dez alunos.

O Inep considera "injusta" a publicação do desempenho das unidades com taxa de participação inferior a 50%. No ano passado, as médias foram divulgadas de acordo com quatro faixas de participação: até 25%, de 25% a 50%, de 50% a 75% e acima de 75%.

Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 1.º, será calculada a proficiência média dos alunos em cada uma das provas objetivas (Linguagens e Códigos, matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza) e na redação. O Inep havia informado à reportagem que não seriam publicadas as médias totais de cada escola, informação retificada pela Assessoria de Imprensa do Ministério da Educação após a publicação desta notícia.

As notas vão se referir aos participantes declarados por suas escolas, no Censo Escolar 2011, como matriculados nos anos finais do ensino médio regular seriado e não seriado e que tenham feito todas as provas.

As escolas poderão contestar a nota no prazo de 19 a 28 de outubro. Os resultados finais serão publicados no dia 26 de novembro, data em que o material poderá ser divulgado pela imprensa.








Fonte: Estadão.com

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Estudante baiano é empossado presidente no Parlamento Jovem 2012

A Câmara dos Deputados, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), realizou em 25/09, a sessão solene no plenário principal da Câmara a posse dos 78 estudantes participantes do Parlamento Jovem Brasileiro 2012. Na ocasião, os alunos elegeram a Mesa Diretora do Parlamento Jovem, cujo presidente escolhido foi o estudante baiano Jônatan Gabriel Ramos Costa, do Colégio Estadual Bartolomeu de Gusmão (Lauro de Freitas).

Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara

Durante a solenidade, presidida pelo deputado Izalci (PR/DF), o deputado Mauro Benevides (PMDB/CE) destacou a importância do Congresso Nacional na elaboração de leis importantes para o País e o afinco que os deputados devem ter ao pensarem a realidade brasileira e ao tratarem os temas caros à população. O deputado Benevides lembrou ainda do momento histórico da elaboração da Constituição Federal de 1988, durante a qual ocupou a 1ª vice-presidência da Assembleia Nacional Constituinte.

O evento tem como objetivo proporcionar a simulação das atividades dos parlamentares aos estudantes, estimulando a elaboração de propostas legislativas, que posteriormente poderão ser aproveitadas pelos deputados, e promovendo debates nos diversos espaços da Câmara. Até hoje (28), os estudantes de todo o País, entre 16 e 22 anos, participam da jornada parlamentar na Câmara, atuando como se fossem deputados.

Fonte: Ascom/Consed

quinta-feira, 4 de outubro de 2012






Apresentação

O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação, promovido juntamente com as instituições parceiras. O Prêmio foi instituído em 2005, por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), e tem como objetivo reconhecer o mérito de professores das redes públicas de ensino, pela contribuição dada para a melhoria da qualidade da educação básica, por meio de experiências pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras. 

O concurso consiste na seleção e premiação das melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores das escolas públicas, em todas as etapas da educação básica e que, comprovadamente, tenham sido ou estejam sendo exitosas no enfrentamento de situações-problema, considerando as diretrizes propostas no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. 

Até a 2ª Edição premiava os professores da educação infantil e séries/anos iniciais do ensino fundamental. A partir da 3ª Edição a premiação estendeu-se a todas as etapas da educação básica, Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos Finais do ensino fundamental e Ensino Médio.



Para saber mais, acesse: Prêmio Professores do Brasil
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